Durante reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, o governo do Brasil criticou as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump. Embora não tenha mencionado diretamente o nome do ex-presidente americano, o Itamaraty condenou o uso de tarifas como instrumento político e alertou para os riscos de fragmentação do sistema multilateral de comércio. Entenda na TVT News.
Segundo apuração do colunista Jamil Chade, do UOL, o Brasil afirmou que essas medidas unilaterais violam princípios fundamentais da OMC e ameaçam a previsibilidade do comércio internacional. O país também destacou que essas tarifas têm sido usadas para interferir em assuntos internos de outras nações — como no caso do Brasil, em que Trump relacionou sanções comerciais à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apoio ao Brasil
A iniciativa brasileira teve apoio de cerca de 40 países, incluindo China, Índia, Rússia, Canadá e União Europeia. O Itamaraty defendeu a necessidade de recuperar o papel da OMC como fórum legítimo de solução de disputas e reafirmou o compromisso do Brasil com o multilateralismo, indicando disposição para buscar soluções negociadas, mas sem descartar o uso de mecanismos legais internacionais.
Os Estados Unidos responderam às críticas afirmando que outros países é que estariam descumprindo as regras da OMC. A delegação americana acusou membros da entidade de se esquivarem de suas responsabilidades e afirmou que o governo Trump busca restabelecer equilíbrio nas relações comerciais, valorizando acordos bilaterais com nações dispostas a cooperar.