O vice-presidente do governo Lula e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, reuniu-se ontem (19) com representantes da indústria automotiva. Em pauta, os resultados expressivos do setor em 2024. Durante o encontro, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou dados que destacam avanços significativos em vendas, produção e exportações, consolidando o Brasil como um dos principais mercados globais no segmento.
Segundo a Anfavea, o Brasil foi o mercado que mais cresceu entre os dez maiores do mundo, registrando um aumento de 15% nas vendas de veículos novos. Esse desempenho é atribuido principalmente ao segundo semestre do ano, considerado o melhor dos últimos dez anos para o setor. Esse período foi marcado por uma combinação de fatores positivos, como a maior oferta de crédito, estímulos governamentais e uma maior confiança do consumidor. O mercado interno, em franca recuperação após os desafios da pandemia e da instabilidade econômica global, mostrou resiliência e potencial.
“Quero agradecer a grande parceria da Anfavea para o crescimento da nossa indústria e para a geração de emprego e renda. Tivemos um ano excepcionalmente bom”, afirmou Alkmin, ao receber os dados sobre a geração de 100 mil empregos na cadeia automotiva brasileira neste ano
Veículos novos
Durante o encontro, Alckmin destacou a importância do setor automotivo para o país. “Quero agradecer a grande parceria da Anfavea para o crescimento da nossa indústria e para a geração de emprego e renda. Tivemos um ano excepcionalmente bom”, afirmou o vice-presidente. Ele também enfatizou o papel estratégico da cadeia automotiva na estruturação de uma economia mais competitiva e inovadora. Os dados apresentados apontaram a criação de 100 mil novos postos de trabalho na cadeia produtiva em 2024, consolidando o setor como um dos principais geradores de emprego do país.
O diretor-executivo da Anfavea, Igor Calvet, também ressaltou a forte recuperação da produção de veículos novos no segundo semestre. “Esse desempenho foi crucial para fecharmos o ano com uma elevação de cerca de 11% na produção total”, explicou. Ele detalhou que as exportações, especialmente para mercados tradicionais como Argentina e Uruguai, foram fundamentais para impulsionar o crescimento. Esses países, que enfrentaram desafios econômicos significativos nos últimos anos, voltaram a ampliar suas importações de veículos novosbrasileiros, sinalizando uma retomada nas relações comerciais do Mercosul.
Por outro lado, a Anfavea também destacou preocupações em relação à alta nas importações de veículos novos, principalmente de modelos vindos de fora do Mercosul, com destaque para os fabricados na China. Segundo Calvet, essa tendência pode impactar negativamente a competitividade da indústria nacional, caso medidas não sejam tomadas para equilibrar o mercado. A entidade reforçou a necessidade de implementar políticas que promovam a produção local e incentivem a modernização do setor.
Programa Mover
A reunião também abordou questões relacionadas ao programa Mover, uma iniciativa que busca estimular a modernização tecnológica e produtiva da indústria automotiva nacional. Representantes da Anfavea e de outras organizações do setor agradeceram as medidas adotadas pelo MDIC ao longo do ano, que contribuíram para a criação de um ambiente mais favorável aos negócios.
Além disso, foram discutidos os desafios e as oportunidades nas relações comerciais do Brasil com outros mercados da região, como a Colômbia. O fortalecimento dessas parcerias é considerado essencial para diversificar os destinos das exportações brasileiras e reduzir a dependência de mercados específicos.
Integração do Estado com o setor privado
Os avanços relatados pela Anfavea reforçam a relevância da indústria automotiva como motor da economia brasileira. O setor não apenas se recuperou dos impactos recentes, mas também alcançou um novo patamar de desempenho, com perspectivas promissoras para os próximos anos. A integração entre governo e setor privado, aliada a iniciativas de incentivo e à ampliação de mercados internacionais, promete manter o ritmo de crescimento em 2025 e além.