Brasil reage a insultos de ministro sionista. Entenda na TVT News

Lula e o Brasil não compactuam com o assassinato de crianças e mulheres civis inocentes em Gaza. Israel, então, responde com insultos
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"O Ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o Presidente Lula". Foto: Unwra

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil reagiu hoje (26) às declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “antissemita” e “apoiador do Hamas”. Isso, porque Lula e o Brasil não compactuam com o assassinato sistemático de crianças e mulheres civis inocentes em Gaza, ou com a limpeza étnica de palestinos. Entenda na TVT News.

O Itamaraty classificou as falas como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis” e cobrou do governo israelense explicações sobre o ataque ao hospital Nasser, na Faixa de Gaza, que resultou na morte de pelo menos 20 pessoas, entre elas pacientes, jornalistas e trabalhadores humanitários.

Resposta aos sionistas

Em uma publicação em rede social, Katz associou Lula ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, e acusou o presidente brasileiro de se aliar ao grupo considerado terrorista por Israel. A retórica inflamada foi prontamente rebatida pelo Itamaraty, que destacou a gravidade das acusações e reforçou o compromisso do Brasil com a diplomacia e o direito internacional.

“O Ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o Presidente Lula”, diz a nota oficial do Ministério das Relações Exteriores.

Além da resposta política, o governo brasileiro cobrou que Katz, como autoridade da Defesa, se responsabilize pelas ações do exército israelense em Gaza. “Espera-se do Sr. Katz, em vez de habituais mentiras e agressões, que assuma responsabilidade e apure a verdade sobre o ataque de ontem contra o hospital Nasser”, afirmou o MRE.

Genocídio em Gaza

A nota ainda menciona o elevado número de vítimas civis palestinas nas operações militares israelenses, reforçando que o Estado de Israel é atualmente investigado pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) por possível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, da qual é signatário.

“Como Ministro da Defesa, o senhor Katz não pode se eximir de sua responsabilidade, cabendo-lhe assegurar que seu país não apenas previna, mas também impeça a prática de genocídio contra os palestinos”, conclui o texto do Itamaraty.

O Brasil tem adotado uma postura crítica em relação ao uso excessivo da força e à crise humanitária no território palestino, o que tem provocado atritos frequentes com Tel Aviv.

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