Nesta sexta, 31, Brasil tem atos contra política de extermínio no Rio

Mobilização acontece no Rio, Recife e SP, em defesa da vida e contra o genocídio da população negra e periférica
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Moradores protestam contra execuções na comunidade da Vila da Penha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Brasil terá uma série de atos contra a política de extermínio no Rio de Janeiro. Confira a agenda de atos organizados para esta sexta, 31 de outubro, com a TVT News.

Atos são organizados no Rio, Recife e São Paulo

  • Ato no Rio de Janeiro:

📆 Sexta-feira, 31 de outubro
🕐 13h
📍 Campo do Ordem – Estrada José Rucas, 1202, Complexo da Penha.

  • Em Recife, o ato está marcado pra 16h, neste 31 de outubro, no Palácio das Princesas, localizado na Praça da República.
  • Em São Paulo, a concentração será às 18h, em frente ao MASP.

Atos reúnem comunidades e movimentos contra a “política de extermínio” nesta sexta no Rio

Nesta sexta-feira (31/10), às 13h, moradores, coletivos de favelas, movimentos sociais e defensores de direitos humanos se reúnem no Campo do Ordem, no Complexo da Penha, em um ato público contra a operação policial mais letal da história do estado, que deixou mais de uma centena de mortos em comunidades do Alemão e da Penha.

O protesto integra uma mobilização nacional em diversas capitais do país, em defesa da vida e contra o genocídio da população negra e periférica.

A chamada é pra deixar claro a mensagem: a responsabilização de Cláudio Castro e o fim da polícia assassina. “Não podemos mais permitir que transformem o Rio num laboratório de morte enquanto o resto do país assiste e o Estado violento aprende”, dizem os organizadores do ato

Instituto Marielle Franco está na organização do ato contra política de extermínio

A manifestação no Rio é puxada também pelo Instituto Marielle Franco, que tem denunciado nacional e internacionalmente a política de segurança pública baseada na lógica de confronto e extermínio. O ato acontece, coincidentemente, na marca de um ano da sentença dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes, e reforça que não há justiça possível enquanto o Estado brasileiro continuar produzindo novas vítimas todos os dias.

“Faz um ano desde o início do júri que condenou os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes. E é impossível falar de justiça sem olhar para o que está acontecendo agora no Rio de Janeiro. A maior chacina da história recente do estado deixou mais de uma centena de mortos. Corpos espalhados nas ruas, famílias sem respostas e um governo que transforma a morte em palanque. Essa não é política de segurança. É necropolítica”, afirma Luyara Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco.

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Familiares choram os mortos na ação policial. Moradores retiram cerca de 60 corpos em área de mata após operação. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Instituto Marielle Franco destaca que o cenário atual expõe a falência das políticas de segurança baseadas em confronto, o descumprimento de medidas determinadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e a naturalização da violência policial contra populações negras e periféricas.

O Instituto Marielle Franco reitera o pedido de investigação independente, responsabilização das autoridades envolvidas e proteção às famílias das vítimas. O ato será um grito coletivo por justiça, memória e reparação e pela construção de um país onde a vida de pessoas negras e faveladas seja respeitada.


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