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Cine TVT: Trago Comigo aborda memória da ditadura

Com Carlos Alberto Riccelli como protagonista, longa da diretora Tata Amaral vai ao ar no próximo sábado (7)
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Filme é metáfora sobre a dificuldade do Brasil em lidar com seu próprio passado

O filme Trago Comigo (2016), é atração do Cine TVT desta semana. Da diretora Tata Amaral, o longa trata dos dilemas do esquecimento e da memória relacionados aos anos da ditadura militar no Brasil, ao contar a história de Telmo (com elogiada atuação de Carlos Alberto Riccelli), ex-preso político e dramaturgo aposentado. E vai ao ar no próximo sábado (7), às 21h30, na Rede TVT, pelo canal 44.1, e também pelo Youtube.

O protagonista recebe um convite para dirigir um nova peça, que vai marcar a reinauguração de um teatro. Ele, no entanto, vive angustiado com a dificuldade de relembrar dos traumas do passado durante os tempos de militância política. Resolve então montar uma peça sobre sua própria história, encarando os lapsos de memória sobre o período. Aos poucos, ele relembra passagens e memórias perdidas daquele contexto.

Além disso, a obra inclui trechos de depoimentos reais de personagens que lutaram contra a ditadura, como a militante Maria Amália Telles. O objetivo da diretora era reafirmar que a tortura e a violação de direitos durante o regime foram reais.

Assim o filme é considerado um teleteatro, com um elenco de jovens atores que recriam a trilha de Telmo como militante contra a ditadura. Nesse sentido, também é uma espécie de metáfora sobre a dificuldade do Brasil em lidar com seu próprio passado.

Trago Comigo chegou aos cinemas em junho de 2016. Pouco antes, em abril daquele ano, o então deputado Jair Bolsonaro horrorizou boa parte do país ao homenagear o torturador Carlos Brilhante Ustra no Congresso Federal, durante a sessão do impeachment contra a então presidenta Dilma Rousseff. Outra parte, no entanto, acabou endossando o elogio a ditadura, a ponto de elegê-lo presidente nas eleições de 2018. O resto é história.

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