O corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair em trilha na Indonésia, passará por nova autópsia no Brasil que deve ocorrer entre durante a noite desta terça-feira (1). A medida aprovada pela Advocacia-Geral da União (AGU) visa esclarecer lacunas do exame realizado na Indonésia. Saiba mais na TVT News.
Nova autópsia quer entender hora da morte da Juliana Marins
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, não esclareceu o momento da morte após queda em trilha do vulcão Rinjani.
O documento apenas informa que Juliana Marins teria morrido em cerca de 20 minutos após ferir gravemente a caixa torácica e foi considerado insuficiente pela família da brasileira.
A falta da informação precisa da hora da morte abre uma lacuna crucial para determinar se a demora do resgate foi determinante para que Juliana Marins morresse.
A nova autópsia deve ocorrer em no máximo seis horas após a aterrisagem em território nacional, a fim de garantir a preservação de evidências. O corpo deve chegar ao Brasil no final da tarde desta terça-feira (1) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A AGU solicitou uma audiência urgente, com a Defensoria Pública da União (DPU) e com o estado do Rio de Janeiro, para definir a forma mais adequada de atender ao desejo da família.
O pedido foi aceito pela Justiça e a audiência será realizada nesta terça-feira (1), às 15h.
A decisão de atender com urgência todos os pedidos dos familiares de Juliana partiu de uma determinação do presidente Lula.
O Procurador-regional da União da 2ª Região, Glaucio de Lima e Castro, lembra que “o governo Federal tem acompanhado com atenção e solidariedade o caso desde o início, prestando apoio à família dentro dos limites institucionais”. Por isso, diante do ajuizamento da DPU, a AGU decidiu se antecipar ao pedido e colocar a União à disposição.
“Devido à natureza humanitária e ao conteúdo da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”, explica Lima e Castro.
Juliana Marins caiu durante trilha a vulcão na Indonésia
Juliana Martins, de 26 anos, caiu durante uma trilha ao vulcão Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado (21). Ao cair no penhasco, ela foi parar a cerca de 300 metros do trajeto, uma região de difícil acesso. Nesta terça-feira (24), foi identificado que a jovem estava a mais de 650 m de distância do penhasco.
A trilha é uma das mais famosas na Indonésia e deveria ser concluída no domingo. A publicitária de Niterói, no Rio de Janeiro, era influenciadora nas redes sociais nas quais acumula mais de 20 mil seguidores. O acidente ocorreu durante um mochilão pelo sudeste asiático que começou em fevereiro.
Governo Lula lamenta morte de Juliana Marins que caiu no vulcão
Leia a nota divulgada pelo governo brasileiro sobre a morte de Juliana.
O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado a cerca de 1.200 km de Jacarta, na ilha de Lombok.
Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira.
A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani.
O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente.