O corpo de Juliana Marins, que foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24), após ter caído no vulcão Rinjani, foi resgatado na Indonésia. A operação da Agência Nacional e Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia levou sete horas até içar o corpo da brasileira a uma base. O resgate começou às 6h (19h em Brasília) de terça-feira e terminou na manhã desta quarta-feira (25). Saiba mais em TVT News.
De acordo com o chefe da Basarnas, Mohammad Syaffi, o resgate foi demorado, por conta das condições climáticas extremas que dificultam a visibilidade e o terreno arenoso.O clima desfavorável impediu a utilização de um helicóptero na operação e levou ao sistema de cordas e içamento.
Liat perjuangan Tim SAR gabungan beserta Basarnas hingga malam saat ini melanjutkan mengevakuasi Korban Juliana Marins dari atas gunung Rinjani untuk dievakuasi kebawah
— heulaaluhe (@aingriwehuy) June 25, 2025
Saat ini kabar dari bung Agam Ranjani beristirahat dahulu di Pos 2 sebelum melanjutkan perjalanan.
kalau… pic.twitter.com/OQVhw6QRnr
Um montanhista acompanhou o resgate e registrou a retirada do corpo de Juliana Marins. A brasileira foi encontrada 600 metros abaixo da trilha do vulcão Rinjani, onde permaneceu por quatro dias sem água, comida e agasalho aguardando resgate.
O corpo de Juliana Marins será levado ao Bayangkara, em Mataram, na ilha de Lombok, onde ocorreu o acidente. O processo de repatriação será responsabilidade das autoridades brasileiras e da família, de acordo com o chefe da Basarnas.

Entenda o caso de Juliana Marins
Juliana Marins, 26 anos, se acidentou na sexta-feira (20), quando caiu da borda do vulcão Rinjani, o segundo maior da Indonésia, durante uma trilha. Horas após a queda, no sábado (21), Juliana foi localizada por um drone, quando ainda estava viva. Inicialmente, a brasileira caiu 300 metros vulcão abaixo, mas por seguiu deslizando nos dias seguintes.
De acordo com familiares, Juliana passou mal durante a trilha e parou para descansar. O guia, Ali Musthofa, que acompanhava o grupo de cinco pessoas seguiu viagem e abandonou por mais de uma hora a brasileira, que caiu no penhasco. O guia nega.
No domingo (22), o Itamaraty fez contato com o governo indonês para cobrar uma operação de resgate da brasileira. As falhas no resgate ocorreram por leniência da Indonésia e falhas em equipamentos, além das dificuldades climáticas.
Na segunda-feira (23), Juliana não se movia quando bombeiros a localizaram novamente com um drone de visualização térmica. Neste dia, as operações de resgate foram suspensas pela quarta vez por condições climáticas desfavoráveis.
Na terça-feira (24), uma equipe de sete socorristas localizou o corpo. A família confirmou a morte de Juliana Marins pela manhã: “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”.
A família da brasileira sofreu com a falta de notícias sobre o paradeiro de Juliana, além de ser alvo de desinformação, como a de que equipes de resgate haviam levado água e alimentos para a brasileira no dia do acidente.
Formada pela UFRJ, a publicitária de Niterói, no Rio de Janeiro, era influenciadora nas redes sociais, onde registrou parte da viagem à Indonésia, e dançarina de pole dance. O acidente ocorreu durante um mochilão pelo sudeste asiático.