Curta “Safo” é premiado no maior festival de animação do mundo 

Produção recebeu o prestigioso Prix Alexeïeff-Parker em Annecy, na França, reafirmando a força da animação nacional
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Curta-metragem premiado foi apoiado pelo BNDES. Foto: Planta Filmes/Reprodução

O curta-metragem de animação Safo (2025), dirigido pela cineasta brasileira Rosana Urbes, foi o grande destaque no cenário internacional ao conquistar o prêmio Prix Alexeïeff-Parker na 49ª edição do Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy. Considerado a maior premiação de animação do mundo, o festival ocorreu na França entre os dias 8 e 14 de junho. Leia mais na TVT News.

A vitória de Safo é um marco para a produção audiovisual brasileira, especialmente por reconhecer uma técnica de animação única e artesanal. O Prix Alexeïeff-Parker celebra a técnica de pinscreen, que cria imagens usando uma tela de pinos, explorando as gradações de luz e sombra de forma analógica.

Produzido pela Planta Filmes, estúdio de animação fundado por Rosana Urbes, o curta é uma homenagem à poetisa grega Safo da Ilha de Lesbos, que viveu por volta de 600 a.C. Inspirada na história e nos fragmentos de poemas encontrados no deserto do Egito, a diretora encontrou um paralelo entre a história da poeta e a da própria animação artística, que constantemente busca novas estéticas e narrativas.

“Encontrei paralelos entre a história de Safo e a da animação artística, que investiga estéticas e narrativas novas, que propõe universos ainda inexistentes. Subi no palco de Annecy carregando comigo a história da animação autoral, da animação brasileira, das infinitas vezes em que pensei que não teria forças para terminar o filme. Uma plateia gigante, com expoentes da animação mundial, meus ídolos e referências, celebrava Safo com um entusiasmo que nunca vou esquecer”, relatou Rosana Urbes.

Rosana Urbes também dirigiu e animou “Guida” (2015), curta que recebeu mais de 70 prêmios nacionais e internacionais, além de ter trabalhado por oito anos em estúdios no exterior, produzindo clássicos da animação como Mulan, Tarzan e Lilo & Stitch.

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Frame do filme de Rosana Urbes. Foto: Planta Filmes/Reprodução

Apoio do BNDES

A produção do curta foi viabilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Edital de Cinema de 2016. Esse edital, que apoiou 22 filmes brasileiros com um total de R$ 15 milhões, marcou a primeira vez que o banco incluiu curtas-metragens de animação em suas categorias de financiamento.

“Esse reconhecimento internacional reafirma a potência da animação brasileira e do setor audiovisual. O BNDES tem orgulho de contribuir para que o cinema nacional possa alcançar o mundo, pois investir em cultura é investir em identidade, diversidade e desenvolvimento econômico”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Essa não é a primeira vez que uma animação apoiada pelo BNDES brilha em Annecy. O longa-metragem “O Menino e o Mundo” (2014), de Alê Abreu, também financiado pelo banco, conquistou o prêmio do júri e do público em 2014 e foi indicado ao Oscar em 2016. Desde 1995, o BNDES já apoiou 444 filmes com mais de R$ 216 milhões em recursos.

Com informações da Agência BNDES

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