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CUT, maior central sindical da América Latina, completa 41 anos de conquistas e desafios

Maior central sindical da América Latina, a CUT participa de conquistas da classe trabalhadora e resiste em defesa da democracia
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Voz ativa na defesa dos trabalhadores, o engajamento da CUT nos temas políticos mais relevantes do país é marcante. Foto: Roberto Parizotti

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) completa hoje (28), 41 anos. A maior central sindical da América Latina nasce em um contexto de luta pela democracia. Militância incansável que, desde então, não descansou. Voz ativa na defesa dos trabalhadores, o engajamento da CUT nos temas políticos mais relevantes do país é marcante. “As vitórias são incontáveis e nos abastecem; se apropriem e se orgulhem delas, porque elas nos fortalecem para vencer os próximos desafios”, afirma o presidente da central, Sergio Nobre.

As lutas e as vitórias da CUT são conquistas da classe trabalhadora. A central teve papel central em mobilizações que alcançaram, por exemplo, a igualdade salarial entre homens e mulheres; a promulgação da Lei de Cotas no serviço público; a garantia de direitos para a classe das trabalhadoras domésticas; a paridade de gênero em direções sindicais; entre outras.

“A CUT lutou e luta em todas as frentes e esferas, da comunidade ao Congresso Nacional, por mais conquistas para a classe trabalhadora, por isso, tornou-se protagonista nos fóruns de decisão sobre os rumos do Brasil e referência para o sindicalismo mundial”, comenta Nobre. “Então, hoje  um dia muito especial, dia de rememorar lutas e conquistas do passado, e as recentes também, mas os desafios do futuro ainda são gigantescos”, completa.

Passado e futuro

Um dos grandes desafios da CUT aconteceu nos últimos anos. A ascensão da extrema-direita com tons fascistas colocou em xeque a democracia brasileira. Voz ativa, a central alertou de forma vigorosa sobre os riscos que rondam o Brasil desde antes do golpe parlamentar que retirou a primeira presidenta mulher do Planalto, Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Então, desde lá, a resistência democrática foi árdua. Mas trouxe resultado, enfim, em 2022. “Os desafios do futuro ainda são gigantescos e aumentaram na esteira do pós-golpe de 2016 e da pós-pandemia. Conseguimos a mais importante vitória em 2022, quando derrotamos o fascismo”, relata o presidente da central.

Desafios

Contudo, o cenário ainda é desafiador, como explica Nobre. “Estamos diante de um mundo do trabalho em permanente transformação, que exige mudanças no nosso modelo sindical. Hoje, metade da classe trabalhadora brasileira não tem direitos sociais, muito menos direitos trabalhistas.”

“O nosso grande desavio é mudar isso; é adequar o nosso modelo sindical a essa nova realidade, ampliar e construir caminhos para organizar e defender os interesses de toda a classe trabalhadora, não só a formalizada, mas também a que está à margem da legislação, sem carteira assinada, em empregos precários, explorada por plataformas de aplicativos, sem direito à representação e à negociação coletiva”, completa.

Contudo, estes desafios são estímulos para manter ativa a militância. “Não foi por acaso, mas pela nossa luta, que um ex-operário saiu do chão de fábrica para um sindicato e desse sindicato para a Presidência da República, por três vezes, para se tornar um estadista reconhecido mundialmente e o melhor presidente da história do Brasil”, afirma.

Homenagens

Para marcar a data, são esperadas diversas homenagens nos próximos dias; particularmente em sessões legislativas. É o caso da Comissão legislativa da Assembleia do Distrito Federal, que já marcou a solenidade para o dia 2 de setembro, 19h. No dia anterior, a divisão da CUT da capital federal organiza um evento cultural, o CUT no Eixo, 9h, no Eixão 106 Sul.

Enquanto isso, lideranças e nomes da política nacional prestam homenagens ao aniversário da central. “Parabens à CUT Brasil, pelos 41 anos de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. Não à toa, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tornou-se protagonista nos fóruns de decisão sobre os rumos do Brasil e referência para o sindicalismo”, disse o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).

Já Linda Brasil, primeira deputada trans de Sergipe, do Psol, celebrou a luta dos trabalhadores. “Hoje é dia de parabenizar a Central Única dos Trabalhadores, entidade fundamental na luta da classe trabalhadora e para a auto-organização em defesa de direitos trabalhistas e políticas públicas”, disse. A ex-presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e candidata à vereadora por São Paulo, Ivone Silva, também celebrou a data. “

Quatro décadas

O colega de Tatto na Casa, Alexandre Lindenmeyer (RS) deixou sua reverência. “Há 41 anos nascia a maior central sindical da América Latina, para lutar pela redemocratização do país e enfrentar um modelo de organização sindical que não representava os trabalhadores e as trabalhadoras. A CUT é ferramenta fundamental na luta da classe trabalhadora.”Parabéns, CUT, pelos 41 anos de lutas e conquistas! A história da CUT é marcada por dedicação e vitórias importantes para a classe trabalhadora. Vamos juntos por mais!

O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães, gravou um vídeo sobre a relevância do sindicalismo nestes 41 anos de CUT. “Ao longo dessas quatro décadas, a CUT tem sido a voz da classe trabalhadora brasileira, defendendo nossos direitos e enfrentando as injustiças.”

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