Seis trabalhadores da mina de cobre El Teniente, em Rancagua, no Chile, morreram após desabamento na quinta-feira (31 de julho). As operações de resgate terminaram no domingo (3), após dias de buscas intensas. O anúncio oficial foi feito pelo presidente chileno Gabriel Boric, que decretou luto nacional de três dias. Saiba mais na TVT News.
Desabamento de mina no Chile
A tragédia ocorreu por volta das 17h30 do dia 31, quando um abalo sísmico de magnitude 4,2 na escala Richter desencadeou o desabamento. O tremor provocou o colapso do setor sete da mina, que ficava a 300 metros de profundidade, soterrando seis homens.
O eletricista Paulo Marín Tapia, de 48 anos, da empresa Salfa Montajes, foi a primeira vítima fatal confirmada, ainda no dia do acidente. Os demais cinco mineiros, empregados da empresa contratada Gardelic, ficaram presos e tiveram seus corpos recuperados ao longo do fim de semana. As vítimas foram identificadas como Gonzalo Núñez Caroca, Álex Araya Acevedo, Carlos Arancibia, Jean Miranda Ibaceta e Moisés Pávez. Além das mortes, nove pessoas ficaram feridas no incidente.
Uma equipe de cem pessoas foi mobilizada para o resgate, removendo mais de três mil toneladas de material para localizar os trabalhadores, que portavam dispositivos de geolocalização. O esforço contou com a ajuda de especialistas que participaram do bem-sucedido resgate dos 33 mineiros de San José, em 2010.
A tragédia na El Teniente, a maior mina subterrânea de cobre do mundo, é considerada o pior acidente da estatal Codelco nos últimos 35 anos.

Em resposta à fatalidade, o presidente Boric viajou a Rancagua para acompanhar o resgate e reforçou a necessidade de justiça e uma investigação rigorosa. Máximo Pacheco, presidente da Codelco, declarou que será realizada uma auditoria internacional para esclarecer as causas do acidente.
A Fiscalía da região de O’Higgins abriu uma investigação de homicídio culposo para determinar as responsabilidades, avaliando se houve negligência ou descumprimento de normas de segurança. A investigação ganha um novo contorno após denúncias de Juan Gajardo, presidente do sindicato Interempresa, que afirmou que os trabalhadores haviam alertado sobre ruídos anormais no local dias antes do desabamento, mas suas advertências foram ignoradas.
Com informações da El País