Desemprego cai para 5,8% pela 1ª vez no Brasil

Emprego com carteira e taxa de população ocupada também são recordes da série histórica inicada em 2012
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Dados divulgados nesta quinta-feira (31) apresentam recordes. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8 no segundo trimestre de 2025, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) nesta quinta-feira (31). O patamar atingido durante o governo Lula é histórico: trata-se da primeira vez que o indicador registra um valor abaixo de 6% desde o início da série histórica em 2012. Saiba mais em TVT News.

Os dados do IBGE passaram por uma atualização da série histórica nesta quinta e, agora, passam a incorporar informações do Censo Demográfico 2022. A atualização foi necessária para refletir as novas estimativas populacionais: o censo mais recente projeta que a população em 2024 era de 212,6 milhões, enquanto a Pnad calculava mais de 216 milhões.

Brasil registra menor taxa de desemprego da série histórica

A taxa de desemprego (5,8%) caiu 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, encerrado em março (7%). No mesmo trimestre de 2024, a taxa era de 6,9%. O número absoluto da população desocupada recuou para 6,3 milhões, o que representa uma variação de 17,4%, ou seja, menos 1,3 milhão de pessoas desempregadas no trimestre.

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Foto: IBGE

A pesquisa destaca outros recordes da série histórica: no segundo trimestre de 2025, a Pnad registrou alta de 1,8% na população ocupada (102,3 milhões). No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

Mais um destaque é a maior taxa de empregados com carteira assinada no setor privado da série histórica, chegando a 39 milhões, com altas nas duas comparações: 0,9% (mais 357 mil pessoas) no trimestre e 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) subiu 2,6% (mais 338 mil pessoas) no trimestre e manteve estabilidade no ano.

O número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde da série e cresceu nas duas comparações: 5,0% (mais 610 mil pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 423 mil) no ano. Houve recorde entre os trabalhadores por conta própria (25,8 milhões) também. A taxa cresceu nas duas comparações: 1,7% (mais 426 mil pessoas) no trimestre e 3,1% (mais 767 mil) no ano.

rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.477) foi recorde, com crescimento nas duas comparações: 1,1% no trimestre e 3,3% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 351,2 bilhões) foi igualmente recorde: aumento de 2,9% (mais R$ 9,9 bilhões) no trimestre e de 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.

A população desalentada (2,8 milhões) caiu 13,7% (436 mil pessoas a menos) no trimestre e 14% (menos 449 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,5%) caiu 0,4 ponto percentual no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano.

Confira os principais dados da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 5,8% (recorde da série histórica)
  • População ocupada: 102,3 milhões (recorde da série histórica)
  • População desocupada: 6,3 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39 milhões (recorde da série histórica)
  • Empregados sem carteira: 13,5 milhões
  • Empregados no setor privado: 52,6 milhões
  • Empregados no setor público: 12,8 milhões (recorde da série histórica)
  • Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões (recorde da série histórica)
  • População desalentada: 2,8 milhões

Mercado de trabalho

A cada trimestre, 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios de todos os estados e do Distrito Federal são visitados pelos pesquisadores. A Pnad se propõe a ser a principal pesquisa sobre mercado de trabalho no país. Pelos critérios do IBGE, só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura emprego.

O retrato do nível de ocupação é feito em cima de informações coletadas de pessoas com 14 anos ou mais de idade e leva em conta todas as formas de trabalho, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. É diferente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que traz dados apenas relacionados a trabalhadores com carteira assinada.

Com informações de Agência Brasil.

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