Desemprego cai para 6,2% e atinge menor nível da história

Brasil encerrou 2024 com a menor taxa de desemprego da história para meses de dezembro. Veja mais detalhes na TVT News
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Resultado do desemprego consolida a tendência de recuperação do mercado de trabalho. Foto: Arquivo/EBC

O Brasil encerrou 2024 com a menor taxa de desemprego da história para meses de dezembro. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no último trimestre do ano foi de 6,2%. Este é o menor nível já registrado na série histórica da Pnad Contínua, coletada desde 2012.

A leve alta de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro não impediu que o resultado do desemprego consolidasse a tendência de recuperação do mercado de trabalho. No mesmo período de 2023, a taxa era de 7,4%. Trata-se de mais um bom resultado econômico do governo Lula.

Expansão do mercado e desemprego

O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo setor de serviços, que apresentou crescimento expressivo em diversas áreas. O comércio e a repação de veículos contrataram 543 mil novos trabalhadores, enquanto transporte, armazenagem e correios adicionaram mais 296 mil. O segmento de alojamento e alimentação empregou 230 mil pessoas, e informação, comunicação e atividades financeiras absorveram 461 mil profissionais.

A indústria também teve avanço significativo, com a contratação de 413 mil novos trabalhadores, representando um aumento de 3,2% em relação a dezembro de 2023. Já a construção civil teve um crescimento de 5,6%, adicionando 414 mil vagas, principalmente impulsionadas por obras de edificações e reformas.

Recorde de trabalhadores formais

Outro destaque do levantamento do IBGE foi o número recorde de trabalhadores com carteira assinada. Em dezembro de 2024, o Brasil contabilizou 39,2 milhões de empregados celetistas, um aumento em relação aos 38 milhões registrados no mesmo mês de 2023.

A população ocupada também atingiu o maior patamar em 12 anos, com uma média anual de 103,3 milhões de trabalhadores em 2024. O dado representa um crescimento de 2,6% em comparação a 2023 e um salto de 15,2% em relação a 2012.

Rendimento e massa salarial em alta

O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro também teve alta. O valor médio chegou a R$ 3.225, um acréscimo de 3,7% (R$ 115) em comparação a 2023. Esse é o maior patamar já registrado pela série histórica, superando o recorde anterior de 2014 (R$ 3.120).

A massa de rendimentos também apresentou crescimento expressivo, alcançando R$ 328,9 bilhões entre setembro e dezembro de 2024. O aumento de 6,5% representa uma adição de R$ 20,1 bilhões aos rendimentos totais da população ocupada no país.

Menos pessoas buscando emprego

Embora os números mostrem uma melhora significativa no mercado de trabalho, cerca de 6,8 milhões de pessoas ainda buscavam uma colocação no fim de 2024. No entanto, esse é o menor contingente de desemprego desde 2014, quando o total era de 6,55 milhões. Em comparação ao mesmo período de 2023, quando 8 milhões estavam em busca de emprego, houve uma redução significativa.

Os dados reforçam a tendência positiva do mercado de trabalho e indicam uma retomada consistente da economia brasileira após os impactos da pandemia. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua, o setor de construção e os serviços foram fundamentais para a melhora do quadro laboral em 2024, com destaque para os eventos de fim de ano que impulsionaram ainda mais as contratações.

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