A taxa de desemprego recuou para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024. O resultado é 0,5 ponto percentual menor se comparado ao período anterior entre abril e junho de 2024, quando ficou em 6,9%. Veja detalhes de como o desemprego diminuiu na TVT News.
Segunda menor taxa de desemprego desde 2012
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, a taxa de desemprego chega a 6,4%, representa, aproximadamente, 7 milhões de brasileiros. A população ocupada também registrou novo recorde com 58,4%, algo em torno de 103,0 milhões de brasileiros. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (31).
A PNAD Contínua começou em 2012. O atual número de desempregados só perde para a marca registrada no trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%). No último índice divulgado sobre o desemprego, no trimestre encerrado em agosto, a marca era de 6,6%.
O mesmo trimestre em 2023, registrou a marca de 7,7% de desempregados. Em comparação a 2024, a melhoria foi de 1,3 porcentual. Já no comparativo com o trimestre encerrado em junho de 2024 (6,9%), a melhoria da atual taxa foi de 0,5 porcentual.
A melhoria na taxa de desemprego é consequência do aumento de vagas em diferentes modalidades de trabalho. No momento, o setor privado está empregando 53,3 milhões, o que significa um recorde na PNAD Contínua — as altas foram de 2,2% no trimestre. Com a taxa carteira de trabalho a marca é de 39,0 milhões.
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O número de empregados sem carteira de trabalho também foi um recorde com alta de 3,9% no trimestre, o que representa, no total, 540 mil pessoas.
O número de trabalhadores por conta própria, 25,4 milhões, ficou estável nas duas comparações.
Caiu o desemprego na indústria e comércio
A pesquisa mostrou que o aumento da ocupação no trimestre foi puxado pelo desempenho da Indústria (3,2%) e do Comércio (1,5%). Na comparação trimestral, esses dois grupamentos de atividade absorveram 709 mil trabalhadores, sendo 416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio. Outro recorde foi na população ocupada no Comércio que atingiu 19,6 milhões de pessoas. Já os outros grupamentos permaneceram com estabilidade na comparação trimestral.
Segundo a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o terceiro trimestre aponta para retenção ou crescimento de ocupados na maioria dos grupamentos de atividades. “Em particular, a indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, informou.
Ainda na comparação anual, os grupamentos Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços registraram crescimento no número de ocupados. Em movimento diferente, alojamento e alimentação e aerviços domésticos mantiveram estabilidade. Com queda de 4,7%, apenas a agropecuária recuou na sua população ocupada.
Cai desemprego nos setores privado e público
Ao atingir 53,3 milhões, o número de empregados do setor privado também registrou novo recorde da série. A alta é de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. Outro dado que superou os desempenhos anteriores foi no número de empregados com carteira de trabalho assinada que chegou a 39,0 milhões e sem carteira de trabalho alcançou 14,3 milhões. “O trabalho com carteira neste setor cresceu 1,5% (mais 582 mil pessoas) no trimestre e 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano, enquanto o contingente de empregados sem carteira cresceu, respectivamente, 3,9% (mais 540 mil pessoas) e 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) nas mesmas comparações”, apontou o IBGE.
Empregados no setor público
Com o total de 12,8 milhões, os empregados do setor público bateram recorde, contingente que se mantém estável no trimestre e com crescimento de 4,6%, ou mais 568 mil pessoas, no ano. “Essa alta continua sendo puxada pelo grupo dos servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,2% no trimestre e 9,1% no ano. O grupo dos militares e servidores estatutários ficou estável nas duas comparações”, indicou o IBGE.
Entenda a PNAD Contínua
De acordo com o IBGE, a pesquisa é a principal que analisa a força de trabalho do país. A amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios visitados a cada trimestre. Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE adotou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020, mas em julho de 2021, houve a coleta de forma presencial. “É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, sugeriu o IBGE.