Desemprego do trimestre é o menor desde 2012 e carteira assinada bate recorde

Em mais um bom resultado econômico do governo Lula, desemprego está em nível baixíssimo e carteira assinada tem maior índice da história
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O desemprego ficou em 6,6%, praticamente estável frente aos 6,5% registrados no trimestre anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025). Foto: Karolina Fabbris Pacheco/AEN-PR

O mercado de trabalho brasileiro trouxe boas notícias hoje (29). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu o maior patamar da série histórica, e a taxa de informalidade recuou. O desemprego é o menor desde 2012 para o período. Os dados são da PNAD Contínua Mensal, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo IBGE. Trata-se de mais um bom resultado econômico do governo Lula. Entenda na TVT News.

Governo Lula, desemprego e mais

O desemprego ficou em 6,6%, praticamente estável frente aos 6,5% registrados no trimestre anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), e representou uma queda de 1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024. O número absoluto de desocupados também caiu na comparação anual: são 7,3 milhões de brasileiros sem trabalho, 941 mil a menos do que há um ano.

Com 103,3 milhões de pessoas ocupadas no país, o nível da ocupação se manteve em 58,2%, mas teve crescimento anual de 0,9 ponto percentual, acompanhando a alta de 2,4% no total de ocupados. “A estabilidade nas taxas de desemprego, desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, analisa William Kratochwill, do IBGE.

Taxa de desocupação de maiores de 14 anos no Brasil. Fonte: IBGE

A informalidade, por sua vez, caiu para 37,9% da população ocupada, o equivalente a 39,2 milhões de pessoas. Esse número é inferior tanto ao trimestre anterior (38,3%) quanto ao mesmo trimestre do ano passado (38,7%). O avanço se deu sobretudo com a expansão do trabalho formal: o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões, o maior número já registrado, crescendo 0,8% no trimestre e 3,8% no ano.

A taxa composta de subutilização – que considera desocupados, subocupados e a força de trabalho potencial – ficou em 15,4%, também em estabilidade, mas com queda expressiva de 2 pontos percentuais na comparação anual.

No recorte por setor, apenas o grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve aumento significativo na ocupação em relação ao trimestre anterior. “Esse grupamento possui uma característica peculiar neste trimestre, pois é quando ocorre o início do ano letivo”, explica Kratochwill. No ano, outros cinco setores também ampliaram seus contingentes, como Indústria Geral, Comércio e Transporte.

A massa de rendimento real habitual dos trabalhadores também bateu recorde, atingindo R$ 349,4 bilhões – crescimento de 5,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já o rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.426, com alta de 3,2% na comparação anual.

Para o IBGE, a combinação entre estabilidade no número de ocupados, crescimento do trabalho formal e aumento dos rendimentos sinaliza um mercado de trabalho em fase de consolidação e amadurecimento, ainda que com desafios persistentes como a elevada taxa de subutilização.


Principais dados

IndicadorResultadoVariação trimestralVariação anual
Taxa de desocupação6,6%Estável (6,5%)-1,0 p.p.
Pessoas desocupadas7,3 milhõesEstável-11,5% (-941 mil)
Pessoas ocupadas103,3 milhõesEstável+2,4% (+2,5 milhões)
Nível da ocupação58,2%Estável+0,9 p.p.
Taxa de subutilização15,4%Estável (15,5%)-2,0 p.p.
Carteira assinada (setor privado)39,6 milhões (recorde)+0,8%+3,8%
Taxa de informalidade37,9% (39,2 milhões)-0,4 p.p.-0,8 p.p.
Rendimento médio real habitualR$ 3.426Estável+3,2%
Massa de rendimento real habitualR$ 349,4 bilhões (recorde)Estável+5,9% (+R$ 19,5 bi)

Setores com principal crescimento de ocupação

  • Administração pública, educação e saúde: +4,0% (+731 mil)
  • Comércio e reparação de veículos: +3,7% (+696 mil)
  • Indústria Geral: +3,6% (+471 mil)
  • Informação, comunicação, finanças, atividades administrativas: +3,4% (+435 mil)
  • Transporte e armazenagem: +4,5% (+257 mil)

Redução:

  • Agricultura, pesca e aquicultura: -4,3% (-348 mil)

A PNAD

A PNAD Contínua é conduzida pelo IBGE em 211 mil domicílios de 3.500 municípios. Desde 2021, a coleta voltou a ser presencial. A identidade dos entrevistadores pode ser confirmada no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181.

A próxima divulgação, referente ao trimestre encerrado em maio, está prevista para 27 de junho.

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