Governo Lula: desemprego recua para 5,6% e tem menor taxa da história

Índice de desemprego calculado pela PNAD Contínua está em 5,6%, estável no menor patamar da série histórica iniciada em 2012
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Desemprego: O número de empregados com carteira assinada atingiu novo recorde, somando 39,229 milhões de pessoas. Foto: Karolina Fabbris Pacheco/AEN-PR

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, igualando o menor nível da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, mostram que o desemprego recuou 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (abril a junho, 5,8%) e 0,8 ponto em relação ao mesmo período de 2024 (6,4%). Entenda na TVT News.

A população desocupada chegou ao menor contingente já registrado: 6,045 milhões de pessoas, queda de 3,3% no trimestre (menos 209 mil) e de 11,8% no ano (menos 809 mil). Já o total de trabalhadores ocupados manteve-se estável em 102,4 milhões, ainda em patamar recorde. O nível da ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, ficou em 58,7%.

O número de empregados com carteira assinada atingiu novo recorde, somando 39,229 milhões de pessoas. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”.

Setores em alta e em baixa

Mesmo com estabilidade no número total de ocupados, alguns setores tiveram variações relevantes. A Agropecuária e a Construção cresceram 3,4% cada uma, gerando, respectivamente, mais 260 mil e 249 mil postos de trabalho. Por outro lado, o Comércio recuou 1,4% (menos 274 mil pessoas) e os Serviços domésticos caíram 2,9% (menos 165 mil).

Na comparação anual, o destaque positivo ficou com Transporte, armazenagem e correio (+6,7%, ou mais 371 mil pessoas) e Administração pública, educação e saúde (+3,9%, ou mais 724 mil pessoas). Já os Serviços domésticos apresentaram queda de 5,1% (menos 301 mil pessoas).

“Parte das perdas no comércio e nos serviços domésticos foi compensada pela expansão de trabalhadores na agropecuária e construção”, explica Adriana.

Recorde na formalização

A taxa de informalidade manteve-se em 37,8%, o que representa 38,7 milhões de trabalhadores informais — o mesmo patamar do trimestre anterior e inferior ao de 2024 (38,8%).

O número de empregados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39,229 milhões, crescimento de 2,7% em um ano. No setor público, o contingente ficou em 12,8 milhões, alta de 2,4%.

Entre os informais, os empregados sem carteira somaram 13,5 milhões, queda de 4% em relação a 2024. Já os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões, aumento de 4,1% no mesmo período.

Desemprego em baixa, rendimento em alta

A massa de rendimento real dos trabalhadores atingiu R$ 354,6 bilhões, recorde histórico, com alta de 5,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O rendimento médio real habitual também cresceu 4% no ano, permanecendo estável no trimestre.

O maior avanço no trimestre foi no setor de Alojamento e alimentação (+5,5%, ou mais R$ 122). Em relação a 2024, houve ganhos expressivos em Agropecuária (+6,5%), Construção (+5,5%), Informação e atividades financeiras (+3,9%), Administração pública e saúde (+4,3%) e Serviços domésticos (+6,2%).

“Mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido aos ganhos reais e à ampliação do número de trabalhadores observada no primeiro semestre de 2025”, afirma Adriana Beringuy.

Queda na subutilização e desalento

A taxa composta de subutilização — que inclui desempregados, subocupados e força de trabalho potencial — caiu para 13,9%, também a menor da série. O número de subocupados (pessoas que trabalham menos do que poderiam) chegou a 4,535 milhões, o menor desde 2016.

A força de trabalho potencial ficou em 5,2 milhões, o menor nível desde 2015, e a população desalentada caiu para 2,637 milhões, menos da metade do pico de 5,8 milhões registrado em 2021, durante a pandemia.

PNAD Contínua (Trimestre encerrado em setembro de 2025)

IndicadorResultadoVariação TrimestralVariação AnualObservação
Taxa de desocupação5,6%-0,2 p.p.-0,8 p.p.Menor taxa da série histórica
População desocupada6,045 milhões-3,3%-11,8%Menor número desde 2012
População ocupada102,4 milhõesEstávelEstávelPatamar recorde
Empregados com carteira assinada39,229 milhõesEstável+2,7%Recorde histórico
Taxa de informalidade37,8%Estável-1 p.p.38,7 milhões de informais
Massa de rendimento realR$ 354,6 bilhõesEstável+5,5%Recorde histórico
Rendimento médio real habitualEstável+4,0%Recorde
Taxa de subutilização13,9%Menor da série
População desalentada2,637 milhõesMenor desde 2021

Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), trimestre encerrado em setembro de 2025.

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