Em evento com comunidade de BH, Lula fala sobre democracia

Durante agenda em Minas, presidente ouve relatos de representantes locais e reafirma o foco em políticas estruturantes
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"Democracia não é só o direito de votar", disse Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira, 4 de setembro, com comunicadores e ativistas do Aglomerado da Serra, uma das maiores comunidades de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG). O encontro abriu espaço para que moradores compartilhassem experiências, desafios e conquistas, com reforço ao papel da cultura, da solidariedade e da organização comunitária na vida das periferias brasileiras. Leia em TVT News.

Ao lado das lideranças, o presidente afirmou que o governo deve ser uma porta aberta para que a sociedade apresente sempre suas demandas. “A democracia não é só o direito de votar. É o direito de votar, mas também o direito de dar palpite, de fazer sugestão, é o direito de apresentar reivindicação, de ajudar a governar. Muitas vezes, quem sabe fazer as coisas não é o governo, são vocês”, ressaltou Lula.

DIGNIDADE — O presidente destacou que o respeito e a cidadania passam por condições básicas de vida. Para ele, assegurar o mínimo necessário é fundamental para que os brasileiros vivam com dignidade. “Só tem uma razão para eu ter voltado a ser presidente: é fazer com que o povo mais pobre conquiste dignidade. O povo deve ser respeitado, dignamente, trabalhando, comendo. O povo tem que ter direito ao mínimo necessário”.

PERIFERIA VIVA – O presidente citou como resposta a muitas dessas demandas uma das políticas sociais da atual gestão, o Periferia Viva. Criada para melhorar as condições de vida nas periferias urbanas, por meio da urbanização de favelas, palafitas e loteamentos, a iniciativa envolve ações de saneamento básico, contenção de encostas, sistema viário, iluminação pública, recuperação ambiental, melhorias habitacionais, produção de moradias para reassentamentos, regularização fundiária e trabalho social. Em julho, foi anunciada a seleção, pelo Novo PAC, de 49 comunidades de 32 municípios em 12 estados para receber investimentos de R$ 4,67 bilhões.

DESAFIOS — Representantes da comunidade destacaram a importância da cultura como instrumento de transformação social, os desafios da moradia e o impacto da falta de gás de cozinha durante a pandemia. “A cultura é alimento farto, crítico e político. A gente precisa ter cultura no prato todo dia. Na pandemia, a gente distribuiu mais de 2 mil marmitas por dia e tinha muitas pessoas que pegavam a marmita não porque não tinham comida em casa, mas porque não tinham gás para cozinhar”, ressaltou o comunicador Kdu dos Anjos.

INVESTIMENTO SOCIAL — Cristiane Pereira, a Kika, líder comunitária no Aglomerado da Serra, reforçou a necessidade de mais investimentos. “A gente lida aqui com as pessoas mais necessitadas todo dia, todo tempo, então são várias as necessidades. O presidente visita várias favelas e não tem nada diferente aqui, a nossa situação é a mesma, a gente precisa de investimento”, disse.

GÁS DO POVO — A visita do presidente integrou a agenda em Minas Gerais, onde Lula anuncia o Programa Gás do Povo, que vai garantir botijões de gás gratuitos para combater a pobreza energética. A iniciativa vai atender cerca de 15,5 milhões de famílias famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa, com prioridade para aqueles que recebem o Bolsa Família.

Via Planalto

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