Empreendedorismo Feminino: co-fundadora da Aliança Empreendedora recebe prêmio da ONU

Única mulher da América Latina a receber o prêmio The WE Empower Challenge, Lina Useche fundou organização que apoia mulheres empreendedoras 
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A co-fundadora da ONG Aliança Empreendedora. Foto: Adriano Santos

Dia do Empreendedorismo Feminino: a co-fundadora da organização Aliança Empreendedora, Lina Useche foi a vencedora do prêmio da ONU que reconhece mulheres empreendedoras que estão promovendo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e inspirando comunidades. O prêmio The WE Empower Challenge, promovido pela ONU e Vital Voices, foi entregue em Nova Iorque e reuniu representantes de todos os continentes. Ao todo, mais de mil pessoas se inscreveram para concorrer à premiação. Co-fundadora da Aliança Empreendedora, Lina foi uma das 5 premiadas do mundo, sendo a escolhida para representar a região da América Latina e Caribe.  

No Brasil, 95% das empresas são micro e pequenas, 70% são informais e quase metade delas são administradas por mulheres e empreendedores negros. Os microempreendedores e pequenos empreendedores, segundo dados do Sebrae,  geram mais de 60% dos empregos e contribuem com quase 30% do PIB no primeiro semestre de 2024.

“Os microempreendedores são fundamentais para o desenvolvimento do país. Acreditamos no potencial dos informais que chegam a mais de 20 milhões de pessoas. É um público historicamente invisibilizado que tem o potencial de prosperar a partir de seus micro negócios. Não podemos deixá-los de lado na construção de políticas públicas de desenvolvimento sócio econômico”, afirma a co-fundadora.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

A premiação reconhece as ações da Aliança Empreendedora que contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O foco principal da instituição é o desenvolvimento econômico (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) que é contemplado pelas iniciativas de capacitação de empreendedores. Estes treinamentos também contribuem para o empoderamento econômico de grupos historicamente excluídos e vulneráveis (ODS 10 – Redução das Desigualdades). A maioria dos público impactado pelos projetos são mulheres auxiliando, atuando diretamente na busca da equidade de gênero (ODS 5 – Equidade de gênero).

“Além de ser um reconhecimento de uma entidade com o peso da ONU e da Vital Voices, o prêmio possibilitará a troca de experiências com outras mulheres que estão buscando transformar o mundo. Também teremos a oportunidade de apresentar o projeto para parceiros globais apoiarem iniciativas como a da Aliança Empreendedora, que beneficiam o ecossistema empreendedor”, finaliza Lina. 

A Aliança Empreendedora

Ao longo de 19 anos, a Aliança Empreendedora, fundada e gerida majoriatariamente por mulheres, impactou mais de 250 mil empreendedores em todos os estados brasileiros, sendo 80% mulheres e 60% empreendedores negros. “Contribuímos para a inclusão econômica e social, por meio do desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e fortalecimento da rede de apoio. Ao capacitar e apoiar estes empreendedores e empreendedoras promovemos um crescimento econômico mais inclusivo e sustentável”, afirma Useche.

Estratégia Elas Empreendem

Além da Aliança Empreendedora e de outras organizações do terceiro setor que apoiam o empreendedorismo, em abril deste ano, o governo federal criou a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino — Estratégia Elas Empreendem, iniciativa que busca promover o empreendedorismo feminino como instrumento de inclusão social e econômica no Brasil. 

Para articular e monitorar a implementação da estratégia, foi criado também o Comitê do Empreendedorismo Feminino, em que participam diferentes ministérios do governo, bancos públicos, o Sebrae e organizações do terceiro setor.

Com quatro eixos estruturantes que orientam os grupos de trabalho (acesso ao mercado e inclusão socioprodutiva; acesso à tecnologia e à inovação; acesso ao crédito; e educação empreendedora), a iniciativa tem a missão de estimular o empreendedorismo feminino brasileiro, atingindo cinco objetivos: 

  1. Fomentar o ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento de empreendimentos e empresas liderados por mulheres;
  2. Promover a ampliação da renda, da produtividade e da sustentabilidade dos empreendimentos liderados por mulheres;
  3. Facilitar o acesso das mulheres a políticas e serviços públicos de empreendedorismo;
  4. Promover o ambiente institucional e normativo favorável ao empreendedorismo feminino;
  5. Incentivar a produção de dados e a disseminação de informações sobre o empreendedorismo feminino.

A Estratégia Elas Empreendem foi criada em 10 de abril de 2024, com decreto assinado pelo presidente Lula, pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e pelo ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França. 

“São mais de 10 milhões de empreendedoras brasileiras no país, que poderão ser beneficiadas com ampliação da renda, produtividade e sustentabilidade dos seus empreendimentos”, ressaltou o ministro Márcio França na época, destacando a prioridade das mulheres inscritas no CadÚnico no projeto. 

Com Assessoria de Imprensa

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