Ídolo do Botafogo, ex-goleiro Manga morre aos 87 anos

Considerado um dos maiores grandes goleiros da história da Seleção Brasileira, ex-jogador estava internado no Rio de Janeiro
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Manga foi reconhecido como um dos maiores goleiros do futebol mundial. Foto: Arquivo Nacional.

O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, morreu aos 87 anos, na manhã desta terça-feira, no Hospital Rio Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Saiba mais em TVT News.

O ex-atleta estava internado no Hospital Rio Barra e lutava contra um câncer de próstata. A morte foi anunciada pelas redes sociais do Botafogo. O velório acontecerá no Salão Nobre de General Severiano, de 8h às 10h15 desta quarta-feira (9), e será aberto aos torcedores. O sepultamento está marcado para às 11h, no Cemitério São João Batista.

Nascido em Recife, Manga começou sua trajetória no futebol na categoria de base do Sport. Foi lá, durante seu tempo no clube pernambucano, que recebeu o apelido de “Manga”, devido ao seu hábito de comer as frutas que caíam de uma árvore próxima ao centro de treinamento.

Em 1959, ele foi contratado pelo Botafogo, onde se tornou ídolo e permaneceu por dez anos, conquistando quatro títulos cariocas (1961, 1962, 1967 e 1968).

O clube emitiu uma nota, em razão da morte de Manga. Leia na íntegra:

“Gigante sob as traves. Não há outra forma de se referir a Haílton Corrêa de Arruda, o inesquecível Manga. Nesta terça-feira (8), o maior goleiro da história do Botafogo nos deixou aos 87 anos. A SAF lamenta a morte de um dos maiores ídolos que já vestiram a Gloriosa Camisa em nossa centenária história.

Pelo Alvinegro, Manga atuou entre os anos de 1959 e 1968, disputou 442 jogos, sendo o 4º atleta com mais partidas na história, e conquistou o bicampeonato carioca em 1961/62 e 1967/68.

Referência debaixo das traves, Manga disputou pela Seleção Brasileira a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ao lado de outros craques que também brilharam com a Gloriosa Camisa, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho. Seu desempenho, sua liderança e seu carisma fizeram dele um símbolo da posição no país.”

Homenagem durante jogo

O Botafogo fará uma homenagem nesta terça-feira (08), durante o jogo contra o Carabobo, pela Libertadores, às 19h, no Nilton Santos, com uma camisa especial referente ao ex-jogador.

A imagem traz o nome “Manga” acompanhado de um desenho que faz referência aos dedos tortos do goleiro, que deixou sua marca na história com a camisa do Glorioso.

Seleção e outros clubes

Sua estreia com a camisa da Seleção Brasileira aconteceu em 1965, em um amistoso contra a Alemanha Ocidental.

O goleiro também foi convocado para a Copa do Mundo de 1966, mas disputou apenas uma partida, já que o Brasil foi eliminado na fase de grupos após a derrota por 3 a 1 para Portugal.

Em 1968, viajou para o Uruguai e fez sua estreia pelo Nacional. Lá, se tornou tetracampeão uruguaio e também conquistou a Libertadores de 1971.

Manga também viveu momentos marcantes em sua carreira no Nacional, do Uruguai, e no Internacional, clubes pelos quais se tornou ídolo. No time gaúcho, atuou por quatro temporadas e conquistou o bicampeonato brasileiro em 1975 e 1976, além do tricampeonato estadual em 1974, 1975 e 1976.

Passou ainda pelo Operário-MS, onde foi campeão estadual, e pelo Coritiba, onde venceu o Campeonato Paranaense. Teve no currículo passagem pelo Grêmio, com mais um título gaúcho, e encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, no Equador, levantando o troféu do Campeonato Equatoriano.

Dia do Goleiro

A data de seu nascimento, 26 de abril, foi estabelecida como o Dia do Goleiro no Brasil, em homenagem à sua importância na posição. Após se aposentar, Manga seguiu vinculado ao futebol, atuando como treinador de goleiros.

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Dia do goleiro foi criado em sua homenagem. Foto: Botafogo

Homenagem no Brasileirão

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) lamentou profundamente a morte do ex-goleiro e decretou um minuto de silêncio em todas as partidas da próxima rodada das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

“É uma tristeza a morte do Manga para todos os fãs do futebol. Ele faz parte da história do nosso futebol e merece todas as homenagens dos fãs do futebol”, afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Times repercutem morte de Manga

Os clubes que o ex-jogador defendeu prestaram homenagens ao eterno goleiro.

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