Dia de Finados: como lidar com o luto no ambiente de trabalho?

Veja como dar apoio emocional ao trabalhador enlutado
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No Dia de Finados, aprenda práticas para lidar com um colaborador enlutado. Foto: José Cruz/Agência Brasil

02 de novembro é Dia de Finados. Nesta data em que lembramos dos entes queridos, a TVT News traz algumas dicas sobre como tratar deste delicado tema no ambiente de trabalho.

Dia de Finados: conheça técnicas para lidar como luto no ambiente de trabalho

A morte é algo natural e esperado pelo ser humano, mas muitas vezes chega sem percebermos. No ambiente do trabalho, pode ser difícil lidar com os sentimentos que envolvem a partida de alguém amado e continuar seguindo em frente. Neste Dia de Finados, confira algumas dicas para confortar os colaboradores que passam por essa fase difícil.

As empresas precisam ter uma abordagem sensível e empática com os funcionários que são impactados pelo luto. Oferecer um espaço seguro para falar sobre as emoções ajuda o colaborador a processar os desafios da situação e a conseguir se reintegrar no dia a dia da empresa sem comprometer seu bem-estar ou o desempenho profissional. 

“Oferecer apoio psicológico, como acesso a terapeutas ou programas de assistência ao funcionário, é essencial para criar um ambiente seguro onde os colaboradores se sintam acolhidos e possam processar o luto de maneira saudável”, afirma Fátima Macedo, psicóloga e CEO da Mental Clean, empresa referência na implementação de programas de saúde mental em corporações.

As atividades exercidas em prol da saúde mental realizadas pela Mental Clean em grandes empresas como Magazine Luiza, Vale e Petrobras, mostraram resultados impactantes: o suporte aos colaboradores no período de luto fortaleceu a cultura organizacional e promoveu um ambiente de trabalho em que a prioridade é o cuidado com as pessoas. 

Dia de Finados: cinco práticas essenciais para apoiar colaboradores em luto

A instituição propõe cinco práticas para que as empresas proporcionem um apoio estruturado e seguro:

Oferecer tempo e flexibilidade

Além das licenças legais, oferecer horários flexíveis ou trabalho remoto permite que o colaborador processe a perda com menor pressão, facilitando seu retorno ao trabalho.

Ajuste da carga de trabalho

No retorno, é importante que as chefias ajustem a carga de trabalho para permitir uma adaptação gradual, redistribuindo tarefas temporariamente para reduzir o estresse.

Fomentar uma cultura de apoio

Empresas devem valorizar o bem-estar emocional, incentivando o diálogo sobre saúde mental e treinando gestores e equipes para lidar com situações sensíveis.

Manter uma comunicação aberta

Gestores diretos devem manter o diálogo de forma respeitosa, sem pressão, demonstrando um cuidado genuíno e proporcionando um espaço de escuta.

Respeitar o tempo do colaborador

Cada pessoa tem seu ritmo para lidar com o luto; permitir que o colaborador siga seu próprio processo e ajustar prazos conforme necessário são práticas fundamentais para uma reintegração saudável.

Quais os direitos do trabalhador que enfrenta o luto?

A licença-nojo ou licença-óbito dá direito a dois dias consecutivos de ausência legal ao trabalhador que enfrenta o falecimento do cônjuge ou dos pais, avós, filhos, netos, irmãos, ou então que sejam dependentes financeiramente do colaborador.

O que é o Dia de Finados

O dia 02 de novembro é considerado Dia de Finados. Celebrado por seguidores da Igreja Católica e por cristãos de outras tradições, o Dia de Finados, também conhecido como “Dia dos Mortos”, é um momento para homenagear e lembrar os entes queridos falecidos. 

Dia de Finados na América Latina

O Dia de Finados é celebrado de diferentes modos na América Latina. No México, a data guarda a cultura e a forma de homenagear os mortos dos povos indígenas. Diferentemente do Brasil, onde as homenagens são marcadas pela saudade e nostalgia, nos rituais mexicanos o clima é de festa, com comida, música e até doces e bebidas favoritos dos mortos.

No interior da Guatemala, onde há influência dos povos indígenas, pipas gigantes são soltas no ar, próximo aos túmulos dos mortos. Há ainda pratos típicos feitos somente neste dia do ano. No Peru, o clima também é de festa, com música e até banda. Como no Brasil, as pessoas visitam os cemitérios, levam flores e acendem velas.

No Haiti, a fé católica se mistura às tradições do vudu, com tambores e músicas tocados nos cemitérios. A ideia é despertar Baron Samedi, o Senhor dos Mortos.

Com informações da Assessoria de Imprensa e da Agência Brasil

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