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Fumaça tóxica de queimadas avança para o Sudeste. Entenda na TVT News

Brasil vive um cenário alarmante de queimadas. A fumaça tóxica do Centro-Oeste e da Amazônia chegou ao RS e tende a subir para o Sudeste
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Situação dos incêndios e queimadas na América do Sul é a pior do mundo. Foto: Windy/Copernicus

Apenas em agosto, o Brasil viu queimar 5,65 milhões de hectares de mata, o equivalente à área do estado da Paraíba. É quase a metade de todas as queimadas do ano de 2024. A informação é do Monitor do Fogo, da Mapbiomas, criado em 2019. Desde o início da série, este é o pior cenário de seca e chamas. Em comparação com 2024, houve uma alta de 149%. Queimadas ilegais, estiagem histórica, mudanças climáticas. Uma série de mudanças levam parte do país a um cenário apocaliptico. A TVT News fez um apanhado da situação atual, do avanço da fumaça tóxica pelo país e como devem ser os próximos dias.

Enquanto diferentes biomas entram em combustão pelo país, nuvens tóxicas tomam conta do Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste. Apenas o Nordeste vive um cenário de maior normalidade, com chuvas regulares e clima adequado para o período. Os maiores focos de incêndio estão concentrados nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Também há grande intensidade de incêndios na Bolívia, Paraguai e Peru, países que fazem fronteira com o Brasil. Contudo, também há um cenário de seca intensa e queimadas nos estados da Amazônia Legal e também no Sudeste, como o interior de São Paulo.

Fumaça tóxica

“A onda de fogo que atinge o Brasil e a América do Sul nos últimos dias faz com que os níveis de monóxido de carbono na atmosfera neste momento sejam altíssimos em parte do território brasileiro e em países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai, igualmente assolados por incêndios”, informa a agência meteorológica Metsul.

O monóxido de carbono é um gás altamente tóxico e fatal em ambientes fechados. Contudo, não é apenas ele que está presente na fumaça que toma conta de muitas cidades do país. “Toda fumaça contém monóxido de carbono, dióxido de carbono e material particulado (PM ou fuligem). A fumaça pode conter muitos produtos químicos diferentes, incluindo aldeídos, gases ácidos, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, benzeno, tolueno, estireno, metais e dioxinas”, completa a Metsul.

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Próximos dias

Para os próximos dias, boas e más notícias. Grande quantidade de fumaça avança do Sul para o Sudeste e deve atingir São Paulo entre sábado e domingo (15). Atrás da fumaça, vem uma frente fria de média intensidade que deve derrubar os termômetros na região. Pode, inclusive, chover um pouco em território paulista. Chuva essa, que pode cair preta, em razão das particulas de poluição que estão suspensas no ar. Entre hoje e amanhã a chuva preta já cai com maior intensidade no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

“A chuva preta tem impactos visíveis no ambiente urbano. Ela pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, veículos e infraestrutura, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção. A relação entre fuligem e chuva preta é um indicador preocupante dos níveis de poluição atmosférica em muitas partes do mundo”, informa a Metsul.

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