Gaza: Israel lança novos ataques e amplia limpeza étnica

As Forças Armadas de Israel cercaram totalmende a cidade de Gaza. Trata-se de mais uma etapa para concluir o objetivo final do Estado sionista
gaza-fome-foto-onu-news-tvt-news
Enquanto Israel intensifica seus bombardeios, a situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriora Foto: ONU News

As Forças Armadas de Israel iniciaram hoje (21), uma ofensiva de grande escala contra a Cidade de Gaza, que foi totalmente cercada. Trata-se de mais uma etapa para concluir o objetivo final do Estado sionista: genocídio e limpeza étnica com a morte e expulsão de todos árabes palestinos de Gaza. Entenda na TVT News.

O Exército israelense alega que o local é o último grande bastião do Hamas e a operação, que conta com a participação de cinco divisões militares (dezenas de milhares de soldados), começou com bombardeios intensos em bairros como Jabalia al-Balad, al-Nazla e al-Sabra.

O porta-voz do Exército de Israel, general Effie Defrin, afirmou que o objetivo da operação é “criar condições para a libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza”. A ação militar acontece enquanto o governo israelense ainda avalia a proposta de trégua apresentada por mediadores do Egito, Catar e Estados Unidos e aceita pelo Hamas, nesta segunda-feira (18).

Crise humanitária em Gaza

Enquanto Israel intensifica seus bombardeios, a situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriora. Moradores relatam um cenário de desespero e medo. “A casa treme, vivemos com o som de explosões, aviões de guerra e ambulâncias. O barulho se aproxima, mas para onde ir?”, disse Ahmad al-Shanti. Já Amal Abdel al-Al, que fugiu de al-Sabra, relatou que “ninguém dorme em Gaza há uma semana. O céu se ilumina com os bombardeios”.

A Cruz Vermelha Internacional classificou a escalada dos combates como “intolerável”, ressaltando o aumento de mortes, deslocamentos e destruição em um território já devastado.

A crise humanitária é evidente nos números. Segundo a UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, a desnutrição infantil triplicou em Gaza desde março, quando o cessar-fogo foi rompido. A agência analisou quase 100 mil crianças e constatou que “quase uma em cada três crianças está subnutrida” na Cidade de Gaza.

A ONU já classificou a situação como uma grave crise humanitária, com mais de 2,1 milhões de pessoas enfrentando “fome catastrófica”. Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, mais de 62 mil pessoas já morreram. O Ministério da Saúde local estima que 269 dessas mortes, incluindo 112 menores de idade, foram causadas pela fome. Organizações internacionais, como a ONU, acusam Israel de usar a fome como arma de guerra.

Assuntos Relacionados