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Geopolítica em Foco aborda risco de ‘terceira Intifada’ na Palestina

Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, provoca a fúria dos palestinos ao liderar manifestação israelense na Mesquita de Al-Aqsa
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Segunda Intifada resultou na morte de cerca de 330 israelenses e 3.330 palestinos

O programa Geopolítica em Foco, da Rede TVT, desta quarta-feira (14) comenta a ofensiva do ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, que liderou uma manifestação de colonos israelenses no complexo da Mesquita de Al-Aqsa. O ato de provocação ocorreu na última terça (13), durante o Tisha B’Av, um feriado judaico que homenageia o luto.

Para o sociólogo e escritor Lejeune Mirhan, Ben-Gvir repete o então primeiro-ministro Ariel Sharon – “uma triste figura”, segundo ele – que também fez uma incursão ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em setembro, de 2020. Em resposta, os palestinos organizaram um grande levante, que ficou conhecido como Segunda Intifada.

Assista ao programa Geopolítica em Foco completo

“O cara vai lá, ele não é muçulmano, ele é de outra religião. O que ele foi fazer lá? Ele não foi orar, porque ali não é o local de oração dos judeus, é o local de oração dos muçulmanos. Seria como eu, se fosse muçulmano, fosse orar dentro de um sinagoga. Isso é uma provocação”, afirma o analista. “Ele está provocando uma terceira Intifada. Vamos ver como o povo palestino vai reagir”.

Assim, nesse contexto, em conversa com a jornalista Talita Galli, Lejeune considera que apenas um cessar-fogo na Faixa de Gaza poderia forçar o Irã a não retaliar Israel, após o atentado que matou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no final do mês passado. Ele visitava Teerã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Desse modo, os israelenses são os principais suspeitos, e o Irã promete retaliar.

Guerra na Ucrânia

Lejeune também analisou a recente investida de tropas ucrânianas em território russo, na região da cidade de Kursk. A ação vem sendo celebrada por analistas ocidentais, que apontam essa ofensiva como uma espécie de ponto de virada no conflito, que se arrasta há dois anos e meios.

“A Rússia tomou da Ucrânia um terço do seu território. E eles não não conseguem recuperar um centímetro quadrado desse território”, frisou o analista. Para ele, a ofensiva em Kursk é uma espécie de “trófeu” que os ucranianos tentam apresentar ao mundo, mas incapaz de alterar os rumos do conflito.

Ele também acredita que russos e ucranianos podem repetir o que ocorreu na Guerra da Coreia (1950-1953), um conflito que não foi encerrado oficialmente. “Até hoje não tem um acordo de paz lá, 70 anos depois da guerra. Será que isso pode acontecer? Pode. Apenas param de atirar os dois lados, não assinam nenhum cessar-fogo, nenhum armistício, nada, mas fica uma situação latente”.

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