Golpe: Moraes pede a Zanin data para julgamento do núcleo 4

Sete aliados de Jair Bolsonaro são acusados de disseminar notícias falsas sobre urnas eletrônicas e pelo caso da "Abin paralela"
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Zanin é responsável por agendar os julgamentos. Foto: Leandro Ciuffo/Wikimedia Commons

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, para marcar o julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. Até o momento, apenas o núcleo 1, central para a trama golpista, foi julgado e resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados. Saiba mais em TVT News.

O núcleo 4 é acusado de ser responsável pelo que ficou conhecido como “Abin paralela”, quando a Agência Brasileira de Inteligência foi utilizada para monitorar e espionar políticos, autoridades e jornalistas considerados adversários do governo Bolsonaro.

Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, SOLICITO ao Excelentíssimo Presidente da PRIMEIRA TURMA, Ministro CRISTIANO ZANIN, dias para julgamento presencial da presente ação penal em face de AILTON GONÇALVES MORAES BARROS, ANGELO MARTINS DENICOLI, CARLOS CESAR MORETZSOHN ROCHA, GIANCARLO GOMES RODRIGUES, GUILHERME MARQUES ALMEIDA, MARCELO ARAÚJO BORMEVET e REGINALDO VIEIRA DE ABREU, diz Moraes em despacho.

Quem são os denunciados do núcleo 4 pela tentativa de golpe

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal e ex-integrante da Abin);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).

Por quais crimes o núcleo 4 é denunciado

Segundo a PGR, o núcleo 4 era responsável por apoiar as ações do golpe com divugação de notícias falsas sobre as eleições, ataques virtuais a autoridades, além de utilizar indevidamente a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos. Todos os réus negaram as acusações nas alegações finais. Os sete acusados são denunciados pelos crimes de:

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • envolvimento em organização criminosa armada;
  • dano qualificado;
  • deterioração de patrimônio tombado.

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