Profissionais da saúde encerram greve e seguem cobrando governo Tarcísio

Trabalhadores de 37 unidades aderiram ao movimento em todo o estado
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Manifestação dos profissionais da saúde no quarteirão do Hospital das Clínicas. Foto: SindSaúde-SP

A greve da saúde foi encerrada depois de 48h de protesto contra a gestão do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas na administração da saúde pública no estado de São Paulo. Leia em TVT News.

Profissionais da saúde encerram 48 horas de paralisação e afirmam que seguirão cobrando o governo Tarcísio

Profissionais da saúde do estado de São Paulo finalizaram a greve por tempo determinado de 48h, às 7h desta sexta-feira (3), mas alertam que o movimento não acabou. “Não vamos parar até conquistar a pauta da categoria”, afirmou Gervásio Foganholi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), que explicou que uma nova assembleia será convocada para determinar os rumos da Campanha.

A greve da saúde aconteceu diante do descumprimento de acordo por parte do governo do estado de São Paulo, que não pagou a Bonificação por Resultados (BR) no quinto dia útil de setembro e não apresentou a proposta de novo valor do auxílio-alimentação dentro do prazo estabelecido em mesa de negociação realizada em 17 de julho, com a Casa Civil, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Gestão e Governo Digital.

O SindSaúde-SP registrou movimento de trabalhadores em 37 unidades de saúde em todo o estado (veja lista completa ao final). Durante os dois dias de paralisação os profissionais se mantiveram mobilizados em frente às unidades com faixas, cartazes, entregando cartas abertas à população e dialogaram com os usuários para explicar como o descaso do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) afeta a saúde pública e prejudica quem está todos os dias prestando o atendimento. Também foram realizadas marchas dos trabalhadores próximas aos hospitais com fechamento de vias.

De acordo levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP, em todo o estado, são mais de 50 mil profissionais das diversas categorias que podem ser beneficiados com a luta em defesa do pagamento da Bonificação por Resultados e pelo aumento do vale-alimentação.

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“É inadmissível o estado mais rico do país deixar alguns trabalhadores da saúde sem nenhum reajuste salarial e VR de R$ 12”, afirma presidente do SindSaúde. Foto: SindSaúde-SP

São profissionais que atuam na administração direta, tanto na Secretaria de Estado da Saúde (SES) quanto na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em autarquias e fundações de saúde ligadas ao governo do Estado de São Paulo, como os(as) dos hospitais das clínicas de São Paulo, de Ribeirão Preto, de Botucatu e de Marília e trabalhadores(as) que atuam no Iamspe em todo o estado, seja no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) ou nos Centros de Atendimento Médico-Ambulatorial (Ceamas).

Pauta da greve dos profissionais da saúde

A categoria exige o aumento do valor pago para alimentação, que está congelado R$ 12 desde 2018 e o pagamento da Bonificação por Resultados, principalmente, após o reajuste salarial deixar de fora os profissionais que têm os menores salários.

“É inadmissível o estado mais rico do país deixar alguns trabalhadores da saúde sem nenhum reajuste salarial e pagar apenas R$ 12 de vale-alimentação para o funcionalismo público por dia útil trabalhado e seguir privatizando todo o sistema público de saúde”, criticou o presidente do SindSaúde-SP.

Além da BR e do reajuste do vale-alimentação, o governo se comprometeu com outras duas pautas, que ainda estão dentro do prazo. A primeira delas é concluir os estudos e apresentar a proposta para ampliar o valor da Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Gdamspe), até o início da segunda quinzena de outubro. A segunda é apresentar até o final deste ano uma proposta para a revisão da tabela do Prêmio de Incentivo.

Veja como foi a adesão à greve da saúde em todo o estado de SP

Como foi a greve da saúde na capital

  1. Hospital do Servidor Público Estadual
  2. Hospital das Clínicas de São Paulo
  3. Instituto de Infectologia Emílio Ribas
  4. Hospital Geral de Guaianazes
  5. Hospital Geral de São Mateus
  6. Hospital Infantil Cândido Fontoura
  7. Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros
  8. Hospital Maternidade Interlagos
  9. Hospital Regional Sul
  10. Laboratório de Santo Amaro
  11. Hospital Heliópolis
  12. Caism Água Funda
  13. CRT DST Aids
  14. Hospital Vila Penteado
  15. Hospital Infantil Darcy Vargas
  16. Conjunto Hospitalar do Mandaqui
  17. Hospital de Vila Nova Cachoeirinha
  18. Sede da Coordenadoria de Controle de Endemias (CCD)
  19. Instituto Clemente Ferreira
  20.  

Como foi a greve da saúde na Grande São Paulo e Litoral

  • Hospital Regional de Osasco
  • CCD São Vicente
  • Hospital Guilherme Álvaro
  • Hospital Regional Ferraz de Vasconcelos
  • Centro Especializado em Reabilitação Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti

Como foi a greve da saúde no Interior de São Paulo

  • Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
  • Centro de Atenção Integral à Saúde Professor Cantídio de Moura Campos
  • Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (Sarad) do HC de Botucatu
  • Hospital Santa Tereza
  • Hospital Nestor Goulart Reis, em Américo Brasiliense
  • Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
  • CCD de Ribeirão Preto
  • Hospital Clemente Ferreira
  • Conjunto Hospitalar de Sorocaba
  • CCD de Barretos
  • Laboratório de Barretos
  • Hospital Estadual de Presidente Prudente
  • Hospital Regional de Assis

Conheça o SindSaúde-SP

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), o SindSaúde-SP, é uma entidade com 36 anos de existência, que representa as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde pública vinculados ao Governo do Estado de São Paulo, sejam estatutários ou contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como os profissionais das autarquias, fundações ou institutos.

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Na capital, trabalhadores ocuparam ruas com faixas, cartazes e o bandeirão com a frase “A Saúde está na rua”. Foto: SindSaúdeSP

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