Inflação: IPCA-15 desacelera para 0,36% em maio, segundo o IBGE

Queda no índice foi puxada pelos produtos de Transportes (0,29%) e Artigos de residência (0,07%)
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Notas de dinheiro sendo folheadas. Foto: Filipe Castilhos

Conhecido como “prévia da inflação”, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou de 0,43% em abril para 0,36% em maio de 2025. Em maio de 2024, o IPCA-15 foi de 0,44%. Entenda na TVT News.

No ano de 2025, a “prévia da inflação” acumula alta de 2,80% e, em 12 meses, 5,40%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados Transportes (0,29%) e Artigos de residência (0,07%) apresentaram variação negativa em maio. Ente os demais grupos destacam-se Vestuário, com 0,92% de variação, seguido de Saúde e cuidados pessoais, com 0,91% e Habitação com 0,67%. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Educação e o 0,50% de Despesas pessoais.

PeríodoTaxa
Maio de 20250,36%
Abril de 20250,43%
Maio de 20240,44%
Acumulado no ano2,80%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,40%

Veja a “prévia da inflação” por grupo de produto

No grupo Vestuário (0,92%), destacam-se as altas na roupa feminina (1,56%), na roupa masculina (0,92%) e na roupa infantil (0,36%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,91%), o resultado da “prévia da inflação” foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (1,93%), reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

No resultado da “prévia da inflação” do grupo Habitação (0,67%) sobressai a energia elétrica residencial (1,68% e 0,06 p.p.), principal impacto individual no índice. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,885 a cada 100kwh consumidos.

Além disso, foram apropriados os seguintes reajustes tarifários na energia: 2,07% em Salvador (2,94%), a partir de 22 de abril; 3,33% em Recife (2,88%), a partir de 29 de abril; e redução de 1,68% na tarifa em Fortaleza (2,15%), a partir de 22 de abril.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,51%) considera os seguintes reajustes: 9,98% em Recife (6,45%), a partir de 26 de abril; 4,17% em Goiânia (2,04%), vigente desde 1º de abril; e 6,58% em Porto Alegre (1,27%), a partir de 4 de maio. Considere-se, ainda, o reajuste médio de 0,77% no gás encanado (0,12%) no Rio de Janeiro (0,38%), vigente desde 1º de maio.

No grupo Alimentação e bebidas (0,39% e 0,09 p.p.), a “prévia da inflação” foi influenciada pela a alimentação no domicílio que desacelerou de 1,29% em abril para 0,30% em maio. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%). Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%).

A “prévia da inflação” também desacelerou na alimentação fora do domicílio (0,63%) em relação ao mês de abril (0,77%). O lanche, que havia subido 1,23% em abril registrou, em maio, alta de 0,84%, e a refeição saiu de 0,50% para 0,49% em maio.

O resultado do grupo Transportes (-0,29%) foi influenciado pela queda da passagem aérea (11,18%). Registre-se, também, a variação negativa no ônibus urbano (1,24%), em decorrência da tarifa zero aos domingos e feriados em Brasília (-17,20%) e em Belém (-11,44%), que teve a apropriação do reajuste de 15,00% nas tarifas com início em 14 de abril. Em Curitiba (-4,49%) há redução de tarifa aos domingos e feriados e, em Porto Alegre (1,83%), houve reajuste de 4,17% nas tarifas a partir de 31 de março.

metrô (0,51%) combina o reajuste de 5,33% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,78%), a partir de 12 de abril, e a gratuidade aos domingos e feriados em Brasília (-17,20%). O táxi (0,49%) reflete o reajuste médio de 10,91% nas tarifas em Porto Alegre (4,79%), vigente desde 31 de março.

Ainda em Transportes, os combustíveis aceleraram de -0,38% em abril para 0,11% em maio, com altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%) e quedas no óleo diesel (1,53%) e gás veicular (0,96%).

Em maio, “prévia da inflação” subiu em todas as regiões

Regionalmente, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). Já o menor resultado ocorreu em Curitiba (0,18%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (10,13%) e das frutas (4,13%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de abril a 15 de maio de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 18 de março a 14 de abril de 2025 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Veja tabela da “prévia da inflação” no país

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%) Variação
Acumulada (%) 
AbrilMaioAno12 meses
Goiânia4,96-0,130,792,625,70
Fortaleza3,880,340,662,675,36
Belém4,460,330,653,025,25
Porto Alegre8,610,880,633,275,29
Belo Horizonte10,040,360,422,835,92
São Paulo33,450,560,282,765,59
Brasília4,84-0,020,262,645,16
Rio de Janeiro9,770,370,242,585,27
Recife4,710,340,222,574,28
Salvador7,190,270,202,704,68
Curitiba8,090,510,183,115,51
Brasil100,000,430,362,805,40
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Por IBGE

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