IPCA desacelera em março e resulta em 0,56% de inflação

A redução de março para fevereiro foi de 0,75 ponto percentual. Ainda sim, o número foi o maior para o mês dos últimos dois anos
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Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Foto: Pixabay/Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,56%, ficando 0,75 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de fevereiro (1,31%). Saiba mais na TVT News.

Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2023 (0,71%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,04% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.

PeríodoTaxa
mar/250,56%
fev/251,31%
mar/240,16%
Acumulado no ano2,04%
Acumulado em 12 meses5,48%

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março, ficando entre o 0,10% do grupo Educação e o 1,17% do grupo Alimentação e bebidas, responsável pelo maior impacto (0,25 p.p.) no índice do mês, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.

IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal
GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
FevereiroMarçoFevereiroMarço
Índice Geral1,310,561,310,56
Alimentação e bebidas0,701,170,150,25
Habitação4,440,240,650,04
Artigos de residência0,440,130,010,00
Vestuário0,000,590,000,03
Transportes0,610,460,130,09
Saúde e cuidados pessoais0,490,430,070,06
Despesas pessoais0,130,700,010,07
Educação4,700,100,280,01
Comunicação0,170,240,010,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O grupo Alimentação e bebidas acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). No lado das quedas destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%).

alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). O lanche (0,63%) desacelerou em relação a fevereiro (0,66%).

Em Despesas pessoais (0,70%), grupo com a segunda maior variação no mês, o resultado foi influenciado pelo subitem cinema, teatro e concertos (7,76%), com o fim da semana do cinema que ocorreu em fevereiro.

No grupo Vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).

No grupo dos Transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%), que desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Apenas o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março.

Ainda em Transportes, o resultado do ônibus urbano (-1,09%), além de contemplar o reajuste de 4,17% nas tarifas em Porto Alegre (0,21%), a partir de 31 de março, reflete as reduções de 2,15% em Curitiba em razão da tarifa promocional de metade do valor aos domingos e feriados e de Brasília (-24,18%), dada a decretação de tarifa zero aos domingos e feriados, a partir de 1º de março, válida também para o metrô (-1,68%).

Houve também aumento no táxi (0,23%) em razão de reajustes de 14,88% em Aracaju (9,46%), a partir de 11 de março e de 10,91% em Porto Alegre (0,32%), vigente desde 31 de março.

No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43%), as maiores contribuições vieram do plano de saúde (0,57%) e da higiene pessoal (0,51%).

O grupo Habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, desacelerou dos 16,80% do mês anterior para 0,12% em março. Compõem a variação, além do reajuste de 1,37% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (-0,79%), vigente desde 15 de março, os aumentos e reduções nas alíquotas de Pis/Cofins das concessionárias.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%) e, em Brasília (0,27%) com a redução de 24,18% no ônibus urbano.

IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano e em 12 meses
RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
FevereiroMarçoAno12 meses
Curitiba8,091,550,762,245,43
Porto Alegre8,611,290,762,035,13
São Paulo32,281,180,712,055,77
São Luís1,621,410,551,885,39
Vitória1,861,510,532,415,58
Rio de Janeiro9,431,400,532,015,22
Campo Grande1,571,620,422,085,76
Salvador5,991,380,412,185,63
Belo Horizonte9,691,310,412,166,07
Aracaju1,031,640,402,665,14
Recife3,921,400,361,894,55
Belém3,941,520,352,104,81
Fortaleza3,231,030,321,474,57
Goiânia4,171,160,311,445,23
Rio Branco0,511,060,270,994,83
Brasília4,061,380,272,235,61
Brasil100,001,310,562,045,48
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Como o IPCA é calculado?

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).

INPC fica em 0,51% em março

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,51% em março. No ano, o acumulado é de 2,00% e, nos últimos 12 meses, de 5,20%, acima dos 4,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a taxa foi de 0,19%.

Os produtos alimentícios aceleraram de fevereiro (0,75%) para março (1,08%). A variação dos não alimentícios passou de 1,72% em fevereiro para 0,32% em março.

Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Curitiba (0,79%), influenciada pela alta da gasolina (1,84%). A menor variação ocorreu em Brasília (-0,33%), com a redução de 24,18% no ônibus urbano.

INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano e em 12 meses
RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
FevereiroMarçoAno12 meses
Curitiba7,371,690,792,085,42
Porto Alegre7,151,550,772,225,08
São Paulo24,601,550,632,015,43
Aracaju1,291,790,532,685,09
São Luís3,471,370,531,865,19
Rio de Janeiro9,381,570,531,975,18
Fortaleza5,161,100,411,614,60
Campo Grande1,731,640,391,955,73
Belo Horizonte10,351,380,392,205,81
Goiânia4,431,010,381,105,06
Belém6,951,470,382,094,66
Rio Branco0,721,250,371,125,02
Recife5,601,450,371,824,05
Vitória1,911,770,362,155,15
Salvador7,921,500,362,345,42
Brasília1,971,64-0,331,595,19
Brasil100,001,480,512,005,20
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).

Por Agência IBGE Notícias

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