Depois de lançar cerca de 400 mísseis contra Israel, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que considera encerrada a retaliação iraniana pelas mortes dos líderes do Hamas e do Hezbollah, a menos que o regime israelense decida retaliar. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (2) em uma publicação no X, conforme relatado pela agência de notícias Reuters.
“Nossa ação está concluída, a menos que o regime israelense decida provocar nova retaliação. Nesse caso, nossa resposta será ainda mais forte e poderosa”, escreveu Araqchi na plataforma, que segue bloqueada no Brasil.
Na terça-feira (1), o Irã realizou um ataque de mísseis em grande escala contra Israel, poucas horas após o exército israelense iniciar um ataque terrestre no Líbano. Os mísseis balísticos iranianos disparados contra o estado judeu, como o Shahab-3, têm alto potencial destrutivo e podem atingir velocidades hipersônicas.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a maioria dos projéteis lançados pelo Irã foi interceptada. Ainda de acordo com os militares, nenhuma pessoa foi diretamente ferida pelos mísseis disparados pelo Irã. No entanto, uma morte foi registrada: um palestino da Faixa de Gaza.
Em entrevista à imprensa iraniana, o ministro Abbas Araqchi afirmou que o país está totalmente preparado para um novo conflito, mas espera uma “estabilidade” no Oriente Médio nos próximos dias. “Estou otimista em relação ao futuro. Há uma possibilidade de conflito, mas nossas forças estão totalmente preparadas. Esperamos ver gradualmente a estabilidade em nossa região nos próximos dias”, declarou Araqchi.
Após os disparos dos mísseis, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a retaliação iraniana como um “grave erro” e afirmou que o Irã “pagará por isso”.
