Israel e Hezbollah não querem guerra regional, diz Lejeune

Para analista, Israel não é capaz de enfrentar enfrentar o Hezbollah, sem apoio militar dos Estados Unidos, que também não querem um novo conflito de grandes proporções durante as eleições
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Ataque foi resposta ao assassinato do líder militar do Hezbollah

Israel e Hezbollah elevaram a tensão no Oriente Médio nesta domingo (25), durante a maior troca fogos das últimas décadas. O grupo libanês finalmente respondeu à morte do seu principal comandante do grupo, no final de julho durante um ataque de Israel a Beirute. Foram mais de 320 foguetes e drones lançados contra o norte do território israelense. O Hezbollah disse ter atacado 11 estruturas israelenses, incluindo o sistema de defesa antiaéreo de Israel, além de um “alvo militar especial”.

Ao mesmo tempo, as Forças de Defesa de Israel informaram, pelas redes sociais, o envio de 100 caças para bombardear 40 alvos do Hezbollah no Líbano, em alegado “ataque preventivo”. De acordo com os militares israelenses, os bombardeios “eliminaram milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah, destinados a disparar imediatamente contra o norte e o centro de Israel”.

Assista ao corte do programa Geopolítica em Foco

No programa Geopolítica em Foco, da Rede TVT, desta segunda (26), o sociólogo e escritor Lejeune Mirhan acredita que ambos os lados não pretendem partir para um conflito regional de grandes proporções.

“Eles (Hezbollah) não querem a escalada do conflito, então eles estão radicalizando, mas não querem que haja uma guerra regional. Israel também não quer. Não quer por quê? Porque Israel não ganha do Hezbollah, não ganha do Irã, sem que os Estados Unidos estejam ao lado deles. E neste momento, em que há uma eleição em andamento nos Estados Unidos, muito dificilmente eles entrarão em mais esta guerra aberta.”

Nesse sentido, em conversa com a apresentadora Nahama Nunes, Lejeune destaca que o Hezbollah possuiu mísseis balístico, mais poderosos, que não foram empregados neste ataque. “Ninguém sabe a quantidade desses mísseis, ninguém sabe o total do poderio do Hezbollah. É uma incógnita guardada a sete chave, só eles mesmos sabem”.

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