Ataque aéreo israelense na cidade de Najafabad, no Irã, matou uma mulher grávida, seu marido e duas crianças, segundo informações da agência iraniana Tasnim. No total, seis pessoas morreram na ação direcionada, que teve como alvo dois veículos civis. Trata-se de mais um episódio da violência do regime sionista de Israel que tem afetado majoritariamente civis, particularmente mulheres e crianças. Entenda na TVT News.
A mulher, que estava a poucas semanas de dar à luz, não resistiu aos ferimentos após o bombardeio, que também matou seus filhos de 10 e 13 anos. A ofensiva gerou uma onda de indignação nas redes sociais e reafirma críticas à estratégia militar de Israel que, além de ter atacado o Irã sem qualquer provocação, pratica um genocídio sistemático da população palestina na Faixa de Gaza, onde já deixou rastro de mais de 55 mil corpos.
EUA por Israel
Enquanto bombas caem no Oriente Médio, a retórica em Washington não alivia. Em pronunciamentos à imprensa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar por uma “rendição incondicional” do Irã, sob ameaças de destruir completamente as instalações nucleares do país persa.
“Eles são totalmente indefesos, não têm defesa aérea alguma”, afirmou Trump, sem apresentar qualquer evidência concreta.
Questionado por jornalistas sobre uma possível ordem de ataque contra o Irã, o presidente respondeu de maneira evasiva e provocativa: “Talvez eu faça, talvez não. Ninguém sabe o que eu vou fazer. Mas posso dizer que eles estão com muitos problemas.”
Trump ainda revelou, sem comprovação, que autoridades iranianas teriam sinalizado interesse em negociar diretamente com a Casa Branca. “Eu disse: ‘Por que não negociaram comigo antes? Teriam evitado toda essa morte e destruição’”, declarou.
Colapso no Oriente Médio
Especialistas internacionais alertam que o risco de uma guerra regional cresce a cada hora. Abas Aslani, do Centre for Middle East Strategic Studies, afirmou à agência qatari Al Jazeera que, caso os Estados Unidos intervenham militarmente, o conflito entrará em uma nova e perigosa fase.
“Irã tem carta na manga. Até agora, não utilizou seu poder total. Eles mantêm força militar em reserva, especialmente para o caso de uma intervenção americana”, explicou. Ele lembrou que o estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial, permanece sob controle iraniano — uma eventual escalada poderia afetar diretamente o abastecimento energético global.
“As consequências se espalhariam muito além dos países diretamente envolvidos”, disse Aslani.
Visões da guerra
Hamid Reza Gholamzadeh, diplomata iraniano, afirmou que tanto os EUA quanto Israel cometem um erro estratégico ao acreditar que a eliminação de lideranças militares iranianas levará ao colapso do regime.
“Essa visão está completamente distante da realidade. Por isso continuam cometendo erros de cálculo. O Irã não vai se render. Pelo contrário, se os EUA entrarem diretamente, sofrerão muito mais do que o próprio Irã”, avaliou em entrevista à Al Jazeera.
Segundo Gholamzadeh, os recentes ataques de mísseis iranianos contra Israel foram significativamente mais precisos do que em confrontos anteriores, um sinal de evolução da capacidade militar de Teerã. Paralelamente, cresce a preocupação em Israel sobre o esgotamento de seus sistemas de defesa antimíssil, como o Arrow.
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