A ONG Lar Maria e Sininha, que há mais de três décadas atende cerca de 2 mil crianças do bairro Jardim da Mata Virgem e da comunidade Morros dos Macacos, na divisa entre Diadema e São Paulo, pede ajuda para organizar a festa das Crianças.
Tanto o Jardim Mata Virgem, como o Morro dos Macacos, também conhecido como Favela da Mata Virgem, são regiões de vulnerabilidade social e ambiental. No Morro dos Macacos vivem mais de 2000 famílias em moradias precárias, sujeitas a desabamentos e deslizamentos. A região sofre por estar na divisa de municípios e tanto Diadema, como São Paulo não dão conta de resolver as demandas da comunidade.
É nesta localidade carente de atenção que o Lar Maria e Sininha organiza, anualmente no Dia das Crianças, o que a coordenadora geral, Luciana Bispo, chama de “um dia de dignidade, lazer e afeto”. Na data, cerca de 2 mil crianças tanto do Morro dos Macacos como dos bairros próximos, recebem café da manhã, almoço e lanches saudáveis, fazem atividades pedagógicas e recreativas e recebem brinquedos novos.
“Para viabilizar a festa, contamos com a colaboração de pessoas físicas, empresas e voluntários. O evento tem um custo total de R$ 105.000,00 e não recebemos apoio de órgãos públicos, e arrecadar esses recursos se tornou um desafio”, desabafa Luciana Bispo.
Como doar: para além do Criança Esperança
Como não tem apoio do poder público e também não conta com os programas no estilo Criança Esperança, o Lar Maria e Sininha pede apoio da sociedade civil para fazer a festa da Criança. Se você não se sente confortável em fazer doações para o programa da TV Globo e quer contribuir diretamente com uma histórica e séria organização da periferia da Grande São Paulo, há as seguintes opções de doação:
- Doações financeiras: Qualquer valor é bem-vindo e pode ser depositado na conta [dados bancários].
- Doações de produtos: Alimentos, brinquedos e materiais diversos são necessários para a festa.
- Voluntariado: Ajude no dia do evento ou em sua organização.
História do Lar Maria e Sininha
O Lar Maria e Sininha começou, juridicamente, em 1989. Mas, antes da constituição legal, a criação da instituição revela o drama social, do racismo e do machismo estruturais do Brasil.
A cabeleireira conhecida como Dona Cida, mãe de quatro filhos, foi procurada por uma senhora que lhe pediu que ficasse com os filhos de um e três anos de idade, pois enfrentava sérias dificuldades financeiras. As crianças ficaram, mas a mãe desapareceu. Sabendo da história, outras mães foram chegando e os filhos foram sendo deixados, enquanto a situação financeira das famílias não melhorasse. Algumas crianças ficaram por um tempo, outras estão lá até hoje.
Dona Cida, junto com a amiga Silviana, acolheram aquelas e outras crianças e, aos poucos, o o Lar foi tomando forma. Primeiro, cômodos de madeira, fraldas de pano, roupa lavada no tanque. Hoje a instituição é referência na região e Luciana Bispo uma das principais líderes comunitárias de São Paulo. Para conhecer o Lar, os contatos são: (11) 99527 41 02 ou pelo e-mail contato@larmariasininha.org.br.