A deputada Carla Zambelli anunciou fuga do Brasil para a Europa nesta terça-feira (3). O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias, protocolou um pedido de prisão preventiva por “representar risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas brasileiras”. Saiba mais na TVT News.
Em entrevista a CNN nesta tarde de terça-feira (3), a deputada Carla Zambelli mudou parte das afirmações feitas na parte de manhã para AuriVerde Brasil, quando falou pela primeira vez que estava fora do país.
Para a CNN, ela reformulou dizendo que não está na Europa. Ela diz agora que está nos Estados Unidos fazendo tratamento para síndrome de ehlers-danlos, e pretende ir para a Itália por ser “intocável” no país europeu — nas palavras dela.
O petista Lindbergh Farias protocolou representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) com pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli.
No pedido de Farias é solicitado que o nome da deputada seja incluído na Difusão Vermelha da Interpol. “A conduta de Zambelli configura ameaça grave e reiterada à soberania nacional e à ordem constitucional”, escreve o líder do PT.
Segundo o Globo, antes da viagem ser anunciada, Carla Zambelli arrecadou R$ 285 mil por meio de doações via Pix. A “vakinha” foi anunciada para que ela conseguisse pagar a dívida com o STF.
O valor ultrapassa os R$ 2 milhões pela condenação em caso de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também é preciso pagar a multa no caso de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal por apontar a arma para um homem que a abordou na rua.
Protocolei representação à Procuradoria-Geral da República com pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli, atualmente foragida, por representar risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) June 3, 2025
Quais riscos Zambelli apresenta para o Brasil fora do país?
Na entrevista na parte da manhã, Zambelli afirmou que quer atuar na Europa da mesma forma que Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, fazendo reuniões com políticos e outros líderes para denunciar “a ditadura” que o Brasil vive.
O que Eduardo faz é considerado conspirar contra a soberania nacional e o judiciário brasileiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) já está investigando o caso em um inquérito aberto no dia 26 de maio.
A decisão foi a pedido da Procuradoria-Geral da República que afirma que o filho de Bolsonaro está articulando sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes para “coagir” o STF.
O relator do inquérito será o próprio Moraes, definido pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
De acordo com o g1, Moraes decretou o sigilo da investigação e autorizou as diligências: as postagens nas redes sociais de Eduardo Bolsonaro serão monitoradas; Jair Bolsonaro será ouvido por ter relação direta com as atividades suspeitas investigadas; Eduardo Bolsonaro e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) serão convocados para prestar depoimentos.
O pedido do líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias contém:
- Promova o pedido de prisão preventiva da representada ao STF;
- Solicite a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol;
- Inicie o procedimento de extradição, com base nos tratados internacionais vigentes;
- Determine o bloqueio dos valores recebidos por Pix e apure os indícios de estelionato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal;
- E oficie ao Ministério das Relações Exteriores para revogação do passaporte diplomático da representada.