Lula apela a governadores a zerarem impostos de alimentos

Estamos convocando os governadores de para reduzirem ou acabarem com impostos sobre alimentos, disse o presidente
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"Mineiros e as mineiras viverão um 2025 melhor", disse Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta terça-feira (11) medidas que o governo federal vem implementando para reduzir os preços dos alimentos. Ele destacou a negociação direta com o setor produtivo e a decisão de zerar o imposto de importação para uma série de produtos alimentícios. Conforme anunciado na semana passada, azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, massas alimentícias, café, carnes e açúcar importados passarão a contar com tarifa zero.

Nesse sentido, Lula cobrou que os governadores adotem medidas equivalentes, zerando ou reduzindo alíquotas de impostos estaduais que incidam sobre produtos alimentícios básicos, como forma de garantir alívio no bolso da maioria da população.

“Já fizemos duas reuniões com o setor produtivo e de comércio de alimentos para tratar desse tema, que é prioridade para nós. Anunciamos na semana passada a isenção de imposto de importação para uma série de produtos, como azeite, milho, carnes, açúcar e café, entre outros, o que ajudará a equilibrar os preços. Outro ponto importante são os impostos sobre os alimentos da cesta básica”, explicou Lula, em entrevista ao jornal Estado de Minas.

“É preciso dizer que já praticamos imposto federal zero para esses produtos e estamos convocando os governadores de onde ainda há cobrança de imposto estadual para reduzirem ou acabarem com essa tributação. Vamos priorizar a produção de alimentos nos Planos Safra da agricultura familiar e do agronegócio. Este ano devemos ter safra recorde de grãos, ajudando a melhorar o preço do arroz, do feijão, do milho, da soja e de seus derivados. Além disso, estamos reestruturando a capacidade de formar estoques reguladores – política que foi completamente destruída a partir de 2016”, acrescentou.

Café salgado

Nesta terça, em viagem a Minas Gerais, Lula participou, em Betim, da inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex da montadora Stellantis, que controla marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot. Na sequência, esteve presente também, em Ouro Branco, na cerimônia de expansão da produção de aço numa usina da Gerdau.

O estado mineiro é também líder na produção de café. O preço do produto, que sobe em todo o mundo em função do aquecimento global, também vem afligindo os brasileiros. Nesse sentido, Lula afirmou que aposta no crédito para ampliar a produção e garantir a bebida preferida da maioria.

“Vamos seguir trabalhando, como disse antes, para reduzir o preço de uma série de produtos, inclusive o café. E continuaremos fortalecendo a produção local. O passo mais importante para isso é o crédito. Desde o início de nosso governo, a agropecuária mineira já recebeu R$ 100,3 bilhões em financiamentos federais. É o segundo estado que mais recebe recursos federais nessa área, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. Isso dá segurança para expandir as lavouras de todos os produtos e aumentar a capacidade de produzir café em maior quantidade e com ainda melhor qualidade para o mercado brasileiro e de todo o mundo”.

Minas e o “ano da colheita”

Lula destacou ainda que Minas concilia a indústria, os serviços, a agricultura e a extração mineral, fundamental para o desenvolvimento brasileiro. “Minas ficará ainda mais forte com os investimentos federais e privados que fazem parte do Novo PAC. O programa destina R$ 74,7 bilhões para investimentos diretos no estado, valor que chega a R$ 144,4 bilhões se somarmos os investimentos que vão além de suas fronteiras”, afirmou.

“Na logística, por exemplo, resolvemos um impasse de décadas e vamos transformar a BR-381, que era conhecida como “rodovia da morte”, em “rodovia da vida”. Só nela, os investimentos privados e do Dnit chegarão à casa dos R$ 10 bilhões. Em resumo: Minas é essencial para o Brasil – e está recebendo do governo federal e da iniciativa privada os recursos que merece e que precisa para seu desenvolvimento”, frisou o presidente.

Nesse sentido, destacou ainda outras medidas do governo que devem beneficiar os mineiros. “Os mesmos resultados do IBGE sobre o PIB mostraram que o investimento no Brasil cresceu 7,3% em relação a 2023 – e isso significa mais oportunidades de emprego e mais mercado para quem quer empreender e abrir seu próprio negócio sem depender de um patrão. O BNDES dedicou, desde 2023, R$ 16,8 bilhões em crédito ao setor produtivo de Minas Gerais.O governo federal também está dando ao estado a oportunidade de renegociar suas dívidas. Isso significa que Minas pode deixar de pagar juros e, em contrapartida, investir mais R$ 3,5 bilhões ao ano na expansão do ensino profissionalizante, em moradia, saneamento, transportes, segurança pública, entre outros”. 

“Também trabalhamos fortemente nos últimos dois anos pela repactuação do acordo de Mariana, que vai garantir recursos 170 bilhões para que os municípios da Bacia do Rio Doce finalmente recuperem suas economias e a qualidade de vida de seus habitantes. Com tudo isso, os mineiros e as mineiras viverão um 2025 melhor, em um estado que voltou a contar com o suporte do governo federal. Mais do que dobramos o número de profissionais do Mais Médicos no estado, que agora são 2,3 mil. O Pé-de-Meia garante uma poupança para 353 mil estudantes mineiros concluírem o ensino médio. E as mais de 5,3 mil Farmácias Populares do estado estão distribuindo gratuitamente 41 medicamentos e insumos a quem precisa tomar remédios de uso contínuo para tratar a diabetes, a asma e outras condições de saúde”.

Com informações do Planalto

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