Lula celebra avanço das negociações de paz entre Israel e Palestina

Em conversa com jornalistas na Itália, presidente destacou importância da paz no Oriente Médio, defendeu solução política para outros conflitos e reforçou compromisso global no combate à fome e à desigualdade
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"Estou feliz porque, antes tarde que nunca", disse Lula sobre conflito no Oriente Médio. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após participar da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, nesta segunda-feira, 13 de outubro, em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com jornalistas na capital italiana e comentou o cenário internacional, destacando o avanço do acordo de paz entre Israel e Palestina e defendendo a necessidade de soluções políticas para os principais conflitos mundiais. Leia em TVT News.

“Eu estou feliz porque, antes tarde que nunca, finalmente parece que se encontrou uma saída para o conflito entre Israel e Palestina. Me parece que há muitas possibilidades de um acordo ser definitivo, e eu acho que isso é muito importante. Não se vai devolver a vida dos milhões que morreram, mas se devolve pelo menos o direito das pessoas a dormirem tranquilas, sem medo de uma bomba, sem medo de um prédio cair”, afirmou.

A fala do presidente ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que “a guerra acabou” ao embarcar para viagem a Israel para a libertação de reféns de Gaza, sob o acordo de cessar-fogo firmado entre o Estado israelense e o Hamas. Lula reforçou que o Brasil apoia toda iniciativa voltada à paz e destacou que o diálogo deve se estender também a outros conflitos. “Se o mundo foi capaz de resolver talvez a questão de Israel, eu penso que está na hora de a gente começar também a pensar em resolver o problema da guerra da Ucrânia e da Rússia. Eu acho que é plenamente possível”, disse.

COMBATE À DESIGUALDADE — Aos jornalistas, Lula contou sobre o encontro com o Papa Leão XIV, no Vaticano, e destacou a afinidade de ideias de ambos no que diz respeito à justiça social e ao combate à pobreza. “A conversa que eu tive com o Papa foi muito boa. Parecia que eu estava conversando com alguém que eu já conhecia há 20 ou 30 anos”, afirmou. O presidente elogiou a Exortação Apostólica Dilexi Te, sobre a necessidade de combater a desigualdade e promover solidariedade com os mais pobres. “Não poderia haver documento mais atual do que o do Papa. Vai fazer um bem a todos os católicos do mundo inteiro”, destacou.

O presidente contou ainda que convidou o pontífice para participar da COP30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025. O Papa, segundo Lula, não poderá comparecer devido a compromissos assumidos anteriormente, mas manifestou o desejo de visitar o Brasil “em outro momento”, ressaltando a importância do país como a maior nação católica do mundo.

FÓRUM — Ao comentar a pauta central do Fórum Mundial da Alimentação, Lula reforçou que a erradicação da fome exige decisão e vontade política. “A fome não é um problema econômico. A fome é um problema político. Se houver interesse político dos governantes, se encontrará um jeito de colocar o café da manhã, o almoço e a janta para o povo pobre do mundo inteiro”, declarou.

O presidente voltou a defender que os governos incluam os mais vulneráveis na elaboração dos orçamentos nacionais. “Todo dirigente, na hora que for discutir o orçamento do seu país, tem que lembrar que tem pobres e que eles não podem ser tratados como invisíveis. Se a gente fizer isso, a gente acaba com a fome no mundo”, afirmou.

Via Planalto

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