Lula comemora redução da pobreza: “Para isso fomos eleitos”

Pelas redes sociais, Lula afirmou que "tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média" é o que lhe dá "alegria de viver"
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"A partir de agora, vamos colher tudo o que plantamos", disse Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os menores níveis de pobreza já registrados no país. De acordo com pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira (4), de 2022 a 2023, o percentual da população do país abaixo da linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial (US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665 por mês) caiu de 31,6% para 27,4%. Trata-se da menor proporção desde 2012, quando o levantamento começou a ser realizado.

Pelas redes sociais, Lula afirmou que “tirar o Brasil do Mapa da Fome e criar uma sociedade de classe média” é o que lhe dá “alegria de viver”. “Para isso fomos eleitos e estamos trabalhando”, completou.

Somente durante o primeiro ano do governo Lula, foram 8,7 milhões de pessoas que saíram da pobreza no país. Numericamente, essa população recuou de 67,7 milhões para 59,0 milhões, seu menor contingente desde 2012.

Mais cedo, ainda antes da divulgação dos dados do IBGE, o presidente havia anotado que, após a fase de reconstrução das políticas sociais que foram destruídas nas gestões anteriores, chegou a hora da colheita.

Lula plantando políticas

Os bons dados econômico, como o recorde na redução da pobreza, a alta de 3,3% do PIB no acumulado até setembro, e a taxa de desemprego em 6,2% – menor patamar desde 2012 –, não caíram do céu, no entanto. Pelo contrário, são resultado dos esforços do governo, a partir de implementação de um leque de políticas públicas, que demonstram efetividade novamente.

Nesse sentido, a geração de emprego e renda é o principal fator para a melhora nos dados socioeconômicos. Entre as pessoas ocupadas, por exemplo, menos de 1% foram consideradas extremamente pobres em 2023, enquanto entre os desocupados essa proporção chegou a 14,6%. Da mesma forma, a proporção de pessoas ocupadas pobres (14,2%) foi bem inferior à dos desocupados pobres (54,9%).

O total das pessoas ocupadas em 2023 chegou ao seu maior contingente desde 2012: 100,7 milhões, com aumento de 3,7 milhões de pessoas (ou mais 3,8%) frente a 2022. Esse aumento ocorreu entre os trabalhadores com vínculo (mais 2,0 milhões) e também entre os sem vínculo (mais 1,7 milhão).

Em 2023, o nível de ocupação para o total da população foi de 57,6%. Para os homens, esse indicador alcançou 67,9%, contra 47,9% para as mulheres, uma diferença de 20 pontos percentuais que, salvo pequenas oscilações, foi praticamente a mesma desde 2012.

Ao mesmo tempo, em 2023, cerca de 51% das pessoas em áreas rurais viviam em domicílios beneficiados por programas sociais. Em áreas urbanas, essa proporção era de 24,5%. Entre as pessoas com 0 a 14 anos, 42,7% viviam em domicílios com benefícios de programas sociais. Essa proporção se reduz com a idade, recuando para 14,7% entre as pessoas com 60 anos ou mais. Ou seja, os programas sociais estão presentes na vida de duas em cada cinco crianças do país.

Educação e renda no combate à pobreza

Além disso, no ano passado, o total de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam e não estavam ocupados atingiu o menor número (10,3 milhões) e a menor taxa (21,2%) desde o início da série, em 2012. Denise Guichard, analista do IBGE, avalia que “esta redução se deve à melhora do mercado de trabalho, ao aumento no número de jovens que estudavam e estavam ocupados e também às mudanças demográficas que levam a uma gradual diminuição da população mais jovem no país”.

Certamente, o programa Pé-de-Meia vem contribuindo para o aumento da frequência escolar entre os adolescentes. Com quatro tipos de incentivo que podem somar até R$ 9.200 por aluno até a conclusão do ensino médio, o programa visa promover a permanência escolar e reduzir a desigualdade social entre os estudantes do ensino médio da rede pública. 

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