Lula lamenta mortes em atentado na Austrália; atiradores eram pai e filho

Ataque ocorreu durante celebração judaica em Sydney e deixou ao menos 15 mortos
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Lula expressou consternação e solidariedade às vítimas do atentado na Austrália. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou profunda consternação diante do atentado que deixou ao menos 15 mortos e mais de 40 feridos na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália. Em nota e publicação em rede social, Lula classificou o ataque como “inaceitável” e afirmou que atos de ódio e extremismo atentam contra valores universais como a paz, a convivência pacífica e a liberdade religiosa. Saiba mais na TVT News.

Ataque em Bondi teve motivação antissemita, dizem autoridades

O ataque ocorreu durante uma celebração judaica que marcava o início do Hanukkah e foi descrito pelas autoridades australianas como um ato de terrorismo e antissemitismo. Segundo a polícia de Nova Gales do Sul, os autores dos disparos eram pai e filho. O homem mais velho, Sajid Akram, de 50 anos, foi morto no confronto com a polícia no local. Já o filho, Naveed Akram, de 24, ficou gravemente ferido, foi hospitalizado sob custódia e deverá responder criminalmente.

As investigações indicam que o atentado foi premeditado e teve como alvo a comunidade judaica de Sydney. No veículo utilizado pela dupla, a polícia encontrou bandeiras associadas ao grupo extremista Estado Islâmico. As autoridades informaram que não há indícios de outros envolvidos.

Entre as vítimas estão pessoas com idades entre 10 e 87 anos, incluindo uma criança de 10 anos que morreu no hospital. Também foram confirmadas as mortes de um rabino e de uma sobrevivente do Holocausto. Dois policiais ficaram feridos durante a ocorrência. O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.

Lula reforça compromisso do Brasil com a paz e a liberdade religiosa

Ao comentar o episódio, Lula afirmou que o Brasil se solidariza com as famílias das vítimas e com toda a sociedade australiana, destacando que a violência motivada pelo ódio religioso representa uma ameaça aos princípios democráticos e aos direitos humanos. O presidente ressaltou que episódios como o de Bondi reforçam a necessidade de cooperação internacional no combate ao extremismo e à intolerância, defendendo o diálogo entre povos e religiões como caminho essencial para evitar novas tragédias. Segundo ele, a promoção da paz e do respeito mútuo deve ser um compromisso permanente da comunidade internacional.

O Ministério das Relações Exteriores também divulgou nota de repúdio, condenando o terrorismo e qualquer forma de antissemitismo.

Na Austrália, o massacre, que foi o pior tiroteio em massa no país em quase três décadas, reacendeu o debate sobre controle de armas. O primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que o governo pretende rever a legislação para endurecer regras de concessão e validade de licenças. Líderes de diversos países enviaram condolências às famílias das vítimas e mensagens de solidariedade ao povo australiano.

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