Lula passa por cirurgia e está em recuperação

De acordo com boletim, presidente está bem e é monitorado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo
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Lula passa por cirurgia e segue na UTI no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Acompanhe o estado de saúde do presidente Lula

  • O presidente foi internado às pressas, no fim da noite da segunda-feira (9), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo
  • Na madrugada do dia 10, Lula passa por cirurgia para drenagem de um hematoma
  • O presidente está internado na UTI e “encontra-se bem”, informou o hospital.
  • Lula está conversando normalmente e passou pelo procedimento de forma consciente.
  • Janja está acompanhando o presidente, mas segundo médicos não há visitas por enquanto.
  • A previsão é que Lula volte para Brasília até o início da próxima semana para atuar como chefe de Estado. O prazo não é definitivo, mas a expectativa é que na segunda-feira (16) ele já esteja apto para trabalhar.

(Conteúdo em atualização)

Leia sobre o estado de saúde do presidente Lula com a TVT News

Lula passa por cirurgia em São Paulo para drenagem de hematoma

O presidente Lula foi submetido, na madrugada desta terça-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a uma trepanação (uma pequena perfuração do crânio) para drenagem de hematoma. A cirurgia transcorreu sem intercorrências. O presidente está bem e é monitorado em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo boletim divulgado pelo hospital, Lula esteve ontem à noite na unidade de Brasília do Sírio-Libanês, para exame de imagem, após sentir dor de cabeça. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.

Um boletim médico atualizado será divulgado agora de manhã. Outros detalhes serão informados em entrevista coletiva prevista para as 9h, no Hospital Sírio-Libanês, Unidade Bela Vista.

O presidente segue sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados de Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

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Lula passa por cirurgia e segue na UTI no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil e portais de notícias

  • Vídeo: Veja as repercussões do mundo político com a cirurgia do presidente Lula

Entenda o que é trepanação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia de emergência nesta segunda-feira (9) para a drenagem de um hematoma intracraniano. A lesão identificada foi decorrente de uma queda sofrida em outubro, quando Lula bateu a região da nuca em um acidente doméstico no banheiro da residência oficial. Na ocasião, ele precisou levar cinco pontos.

Segundo o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola, o presidente apresentou um hematoma subdural crônico, condição comum em idosos que geralmente ocorre entre 20 e 45 dias após um trauma. O especialista explicou: “Esse tipo de hematoma não ocorre dentro do cérebro, mas sim entre o cérebro e uma membrana chamada duramáter. É um sangramento lento e progressivo que, no início, não causa sintomas aparentes. O paciente vai se adaptando até que o volume acumulado comece a pressionar o cérebro, causando sinais como dores de cabeça, perda de força de um lado do corpo, alterações na fala e sonolência. Em casos graves, pode levar até mesmo ao coma.”

Para tratar o caso de Lula, foi realizada uma trepanação (uma pequena perfuração do crânio) minimamente invasiva. O neurocirurgião Orlando Maia, membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da World Federation Neuroradiology, explica que o tratamento é feito com uma drenagem, através de pequenos orifícios no crânio, de forma cirúrgica, para retirar o coágulo e tirar o sangue acumulado, aliviando a pressão nos tecidos”.

O Dr. Victor Hugo complementa: “Após a drenagem, um dreno é inserido temporariamente, permanecendo por 24 a 48 horas para garantir a remoção completa do líquido”.

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Neurocirurgião Orlando Maia realizando procedimento em um paciente. Foto: Acervo pessoal/Reprodução

O médico ressaltou que se trata de uma cirurgia de baixo risco: “Normalmente, o paciente passa 24 a 48 horas em observação na UTI, seguido de um breve período no quarto, antes de receber alta hospitalar.”

O especialista enfatiza que o prognóstico para esse tipo de procedimento é bastante favorável: “A recuperação costuma ser muito satisfatória, especialmente porque se trata de uma cirurgia de baixo risco. Com os cuidados pós-operatórios adequados e o acompanhamento com exames de imagem, é esperado que o presidente recupere plenamente sua saúde e retome suas atividades habituais em breve.”

Já o membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, alerta que a principal complicação de um hematoma subdural é a recorrência, ou seja, podem ocorrer novos sangramentos. “Muitas vezes, lançamos mão de um procedimento endovascular, chamado neuro embolização de hematoma subdural crônico, que é uma injeção de uma espécie de cola, feita por meio de um acesso na virilha, para fechar esse hematoma e evitar as intercorrências”, acrescenta Orlando Maia.

Lula completou 79 anos em outubro

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, completou 79 anos em 27 de outubro. Essa foi a 10ª vez que ele celebra a data no posto mais alto da política brasileira. Curiosamente, a data de nascimento do presidente consta em documentos como 6 de outubro, resultado de uma confusão no momento em que a mãe, Dona Lindu, conseguiu registrar os filhos anos depois de seus nascimentos.

Relembre os principais momentos dos 79 anos do Presidente Lula

TVT News relembra, para você, a trajetória do primeiro operário a se tornar presidente do Brasil.

Reportagem de Nahama Nunes

Lula: de operário a líder político


Em 1975, Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Durante sua gestão, o sindicato liderou greves de operários que contribuíram para enfraquecer a ditadura militar. Em 1980, iniciou sua carreira política partidária com a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).

Primeiro mandato de Lula como presidente

Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela primeira vez presidente da República Federativa do Brasil, aos 57 anos, conquistando quase 53 milhões de votos. Na chapa vitoriosa, o empresário e senador José Alencar, do PL de Minas Gerais, ocupou a vice-presidência.

Na cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, Lula emocionou-se ao afirmar que o diploma de presidente da República era o primeiro que havia recebido na vida.


Terceiro mandato do Presidente Lula: o pacto pela democracia

Em 2022, Lula formou uma ampla rede de apoios, reunindo personalidades e políticos de diversos partidos em torno de sua candidatura à presidência da República. Geraldo Alckmin, seu adversário na eleição de 2006, ingressou na disputa como vice de Lula.

Após uma acirrada campanha eleitoral, Lula tornou-se o primeiro brasileiro a assumir a presidência da República por três vezes, eleito pela vontade soberana do povo. Mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras lhe concederam a maior votação da história.

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No terceiro mandato, aos 79 anos, Lula tem o compromisso de reconstruir o Brasil.
Foto: Reprodução Instituto Lula

Em 1º de janeiro de 2023, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado por representantes da diversidade do povo brasileiro.

Lula completa 79 anos durante o terceiro mandato da Presidência da República do Brasil com o compromisso de salvar as instituições democráticas.

FAQ: Entenda o que aconteceu com o Presidente Lula

O que é um hematoma subdural e quais são as causas mais comuns desse tipo de sangramento intracraniano?
Os hematomas subdurais são geralmente causados por sangramento das veias, incluindo as veias comunicantes, localizadas entre a camada média e a camada externa do tecido que reveste o cérebro (meninges). Esse hematoma pode ser causado, principalmente, por traumatismo craniano, que pode acontecer durante quedas, acidentes de carro, moto ou bicicleta, ou ainda durante atividades esportivas.
Quais são os sinais e sintomas que indicam a presença de um hematoma subdural, e como ele é diagnosticado?
Vai depender do caso. Quando o sangramento é repentino e severo, pode ocorrer a perda de consciência imediatamente. Em situações menos graves, os sintomas podem aparecer depois de alguns dias, e o paciente começa a lentamente tornar-se confuso e, então, ficar inconsciente.
Os sintomas característicos são: dor de cabeça; confusão; mudança de comportamento; tonturas; sonolência excessiva; fraqueza; apatia; incapacidade de fala e problemas de visão.
Como é o procedimento de drenagem de um hematoma subdural e o que essa cirurgia envolve?
O procedimento se chama trepanação (uma pequena perfuração do crânio), ou uma craniectomia descompressiva, no qual é feito um ou dois orifícios no lado do crânio onde está o coágulo para que o sangue saia. Depois a cavidade, deixada pelo hematoma, é lavada com soro fisiológico. Isso geralmente faz o sangramento parar e elimina o problema. Em alguns casos, pode ser deixado um dreno para expelir algum eventual resquício de hematoma. Geralmente o dreno é retirado um ou dois dias depois da cirurgia.
Quais são os principais riscos e complicações associados à cirurgia para tratar um hematoma subdural, especialmente em pacientes idosos como o presidente Lula?
A cirurgia possui um risco baixíssimo de complicação, tanto queuma das poucas cirurgias que podem ser realizadas em idosos acima de 90 anos, dependendo do caso. Porém, eles não são inexistentes, tem possibilidade de ocorrer um sangramento maior do que aquele que já existia antes talvez seja o problema mais sério a ser enfrentado. Também existe a chance de infecção, que costuma ser maior em pacientes idosos com saúde precária.
Quais são as recomendações para o período de recuperação pós-cirúrgico e os cuidados necessários para prevenir possíveis complicações futuras?
Após o procedimento, o paciente geralmente fica 2 semanas afastados de suas atividades e é necessária a avaliação do neurocirurgião para o paciente voltar às suas atividades.Mas, na maioria das vezes, o paciente se recupera bem e pode voltar às suas atividades habituais em pouco tempo.

Respostas enviadas pelo neurocirurgião Orlando Maia, membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da World Federation Neuroradiology.

  • Vídeo: Neurocirurgião explica o que aconteceu com o presidente Lula

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