A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (já réu por uma série de crimes) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro por tentarem coagir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares para livrar o ex-presidente de acusações de tentativa de golpe. O pastor SIlas Malafaia também participou do esquema, de acordo com as investigações. Mensagens reveladas pela PF revelam xingamentos e articulações criminosas entre eles. Entenda na TVT News.
A investigação, que revelou uma série de mensagens e áudios apagados, mostra a articulação do clã Bolsonaro e seus aliados em uma “campanha criminosa orquestrada”, nas palavras da PF.
Entre os alvos da PF está o pastor Silas Malafaia, que teve seu celular e passaporte apreendidos. As provas indicam que o religioso agiu em união de propósitos com os Bolsonaro, incentivando o ex-presidente a descumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça, como a proibição de usar redes sociais.
Malafaia: conduta criminosa
No relatório, Moraes aponta que Malafaia tem “fortes evidências” de que “atua na construção de uma campanha criminosa orquestrada, destinada à criação, produção e divulgação de ataques a ministros do Supremo”.
O material recuperado pelos peritos ainda revelou uma série de desavenças internas. Em uma das conversas, Malafaia chama Eduardo de “babaca”, “inexperiente” e “idiota” por considerar a articulação do filho do ex-presidente junto aos Estados Unidos mal feita. Eduardo está no país trabalhando contra o Brasil, produtores nacionais e a economia, buscando sanções junto do presidente Donald Trump, com quem tem afinidade ideológica extremista.
Diante deste cenário, o pastor, que elogia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirma ao pai que Eduardo “está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista” e o “ferrando”.