A presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou estar em Montevidéu, no Uruguai, para participar da reunião da Cúpula do Mercosul que deve acontecer nesta sexta-feira (6). A presença dela aumenta as expectativas de que o acordo com a União Europeia (UE) deve ser concretizado nos próximos dias. O presidente Lula também estará presente no encontro.
As negociações para o acordo comercial entre os dois blocos econômicos existem há mais de duas décadas. A previsão é que, caso entre em vigor, gere um mercado de 700 milhões de pessoas. O número corresponderia a um quinto do comércio global.
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No X (antigo Twitter), a presidente da Comissão Europeia afirmou que o tratado está próximo de se tornar real e que seria “a maior parceira comercial e de investimento que o mundo já viu”.
Antes, a agenda oficial de Von der Leyen estava vazia para as respectivas datas das reuniões do bloco sul-americano. Quando jornalistas questionaram a equipe da presidenta da Comissão Europeia, eles afirmaram que não haveria possibilidade dela estar presente no Uruguai.
Entraves no acordo Mercosul com a União Europeia
A Alemanha, Espanha, Portugal, Suécia e outros países do bloco, assim como Von der Leyen são apoiadores do acordo econômico. O país germânico seria um dos principais beneficiados por ser o maior exportador da UE. Porém, a França se posicionou contra, alegando necessitar de maiores garantias de respeito ao meio ambiente.
O contexto francês também é relevante: o país é o maior produtor agrícola da Europa e o acordo colocaria a produção latina americana em disputa comercial igualitária em produtos como a carne e o milho.
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Também se opõe a iniciativa comercial países como Polônia, Áustria e Holanda, motivadas por organizações de direita e extrema-direita.
