O Ministério da Cultura, administrado por Margareth Menezes, publicou uma nota de repúdio ao Grammy 2025 nesta terça-feira (4). O texto direciona a crítica ao tratamento que a premiação estadunidense deu ao cantor brasileiro Milton Nascimento na noite de domingo (2). Entenda a situação na TVT News.
O que rolou no Grammy 2025?
A premiação estadunidense aconteceu no domingo (2). O cantor brasileiro Milton Nascimento estava concorrendo ao lado de Esperanza Spalding, pelo álbum Milton + esperanza (2024), na categoria Melhor Álbum Vocal de Jazz.
Ambos os cantores foram convidados para a cerimônia principal. O convite de Esperanza era para uma cadeira nas mesas do saguão principal, considerada a área VIP do Grammy por ser onde acontece as filmagens. Já Milton estava designado para uma cadeira na arquibancada.
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Além do tratamento diferente entre os cantores que produziram juntos um dos álbuns nomeados, desconsideram as limitações físicas de Milton Nascimento que já está com 82 anos. A equipe decidiu então que Milton não ficaria para assistir o Grammy, apenas entrou no tapete vermelho para promover o álbum.
A cantora Esperanza por sua vez ficou na cerimônia com uma foto de Milton ao seu lado. Nas redes sociais ela também publicou uma crítica ao Grammy 2025 e ressaltou seu descontentamento com a produção da cerimônia que se recusou a ceder um lugar para o brasileiro.
Em seguida, a equipe de Milton Nascimento publicou uma nota de esclarecimento sobre o assunto. O Grammy desconsiderou a mobilidade e conforto de uma pessoa idosa. Além disso, ignorou a relevância histórica do cantor não apenas para o Brasil, como também para o mundo.
A nota de repúdio do Ministério da Cultura para o Grammy
Nesta terça-feira (3), o Ministério da Cultura manifestou total repúdio ao tratamento dado ao Milton Nascimento no Grammy. “A decisão da Academia de posicioná-lo em um local incompatível com sua trajetória, prestígio internacional e necessidades físicas demonstra falta de sensibilidade e respeito a um dos maiores nomes da música brasileira”, escreveu.
O ministério também ressaltou a grandeza do cantor brasileiro, “sua obra influenciou artistas em todo o mundo, elevando a música brasileira a patamares de excelência”.
Também alfinetou o Grammy ao dizer que “Milton seguirá sendo celebrado por aqueles que compreendem e respeitam sua imensa contribuição à música”.
Por fim, “o Brasil é gigante, tal qual é Milton Nascimento”, afirma. Enaltecendo a cultura brasileira. Não é o Milton Nascimento ou o Brasil que precisa do Grammy, ou de premiações estadunidenses, são eles que precisam do Brasil.