Para Ministra dos Direitos Humanos vício em jogo não está ligado à classe social

Macaé Evaristo afirmou que maior preocupação é com crianças e adolescentes. Pasta fará estudo sobre o tema
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Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, está preocupada como o vício em jogo afeta as famílias brasileiras. Questionada durante a entrevista sobre beneficiários do Bolsa Família usarem o dinheiro em apostas, Evaristo relembrou que o Ministério da Fazenda já está atuando para coibir o uso do cartão do programa. “O vício em jogo não está ligada a classe social, o vício em jogo está ligada ao conjunto da sociedade”, reforçou.

A ministra manifestou preocupação com as consequências aos brasileiros que estão expostos as Bets, principalmente com crianças e adolescentes.

Ela se posicionou contrária às Bets, “sou avessa a tudo aquilo que possa fazer você perder sua casa por uma brincadeira. Não acho que devemos apoiar isso enquanto sociedade”. As afirmações foram feitas durante essa quarta-feira (2), no programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A fala da ministra se alinha com as medidas adotadas pelo governo Lula em suspender pelo menos 500 sites de Bets.

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A ministra ressaltou a alta das propagandas sobre o tema nas redes sociais e nos canais de televisão. “Essa propaganda maciça tende a naturalizar uma questão que não é natural”, afirmou. “Não é natural pegar o salário para comprar a comida para a mesa e colocar num jogo de aposta.”

Já no âmbito do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Evaristo contou que existe um debate para pensar o problema das propagandas de Bets para os jovens. As publicidades em horários e em programas de acesso infantil são consideradas “indevidas” pela ministra.

A fala da recém empossada se alinha com a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele havia afirmado à Rádio CBN que uma das medidas a serem tomadas é regulação da publicidade.

A nova chefia da pasta quer se reunir com a equipe para de debruçar sobre o tema para pensar como garantir a proteção das crianças, dos adolescentes e sobretudo das famílias.

Por Emilly Gondim

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