Motoristas recolhem ônibus e começam paralisação em São Paulo

Greve foi iniciada após novo atraso no pagamento do 13º salário pela Prefeitura da capital
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Veja os detalhes da paralisação dos motoristas de ônibus de Sâo Paulo na TVT News. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Uma paralisação repentina de motoristas e cobradores de ônibus interrompeu a circulação do transporte coletivo em São Paulo no fim da tarde desta terça-feira (9), após a categoria reagir a mais um adiamento no pagamento do 13º salário. A decisão de recolher os veículos às garagens e iniciar a greve começou por volta das 16h e afeta principalmente a Zona Norte e terminais da Zona Sul, deixando passageiros no meio do trajeto e provocando lotação no restante do sistema. Saiba os detalhes na TVT News.

O movimento foi anunciado pelo presidente do Sindmotoristas, Valdemir dos Santos, que classificou a greve como inevitável diante da “quebra de confiança” por parte das empresas. Segundo o sindicato, o 13º salário já estava atrasado desde setembro e outros benefícios, como o vale-refeição nas férias também não haviam sido pagos.

Promessas descumpridas e indignação nas garagens

De acordo com representantes do Sindmotoristas, havia um acordo para que a primeira e a segunda parcelas do 13º fossem quitadas até 12 de dezembro. Porém, na manhã desta terça-feira, as empresas enviaram um ofício solicitando um novo prazo, desta vez sem data definida, o que desencadeou a reação imediata dos trabalhadores.

Segundo o presidente do sindicato, Valdemir dos Santos, a paralisação partiu da “indignação generalizada” que se espalhou rapidamente pelas garagens.

Empresas alegam falta de caixa e responsabilizam a Prefeitura

O SPUrbanuss, entidade que representa as empresas de transporte urbano, confirmou o pedido de adiamento e afirmou que o setor enfrenta dificuldades de caixa devido ao atraso na revisão quadrienal dos contratos de concessão com a Prefeitura.

Conforme a nota, a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro é essencial para que o sistema continue operando sem risco de novas paralisações. O sindicato patronal declarou estar em “diálogos constantes” com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, mas não detalhou prazos.

Já a Prefeitura, por sua vez, disse em nota que o repasse às empresas de ônibus estão em dia e o pagamento do 13º salário dos trabalhadores é de responsabilidade das concessionárias.

Passageiros desalojados e regiões mais afetadas

Relatos de usuários nas redes sociais apontam que passageiros foram obrigados a descer dos ônibus no meio do trajeto enquanto os veículos retornavam para as garagens.

As regiões mais atingidas pela paralisação no momento são:

  • Zona Norte – A mais afetada, especialmente a garagem da viação Sambaíba, no Tremembé;
  • Zona Sul – Falta de ônibus nos terminais Grajaú e Campo Limpo.
  • Demais empresas – KBPX, Campo Belo e Mobibrasil também recolheram parte da frota.

Metrô se prepara para operação de emergência

Com o impacto imediato na circulação dos ônibus, o Metrô de São Paulo anunciou prontidão para operar em emergência durante o horário de pico noturno. A medida inclui a inserção de trens extras, inclusive vazios, nas estações mais movimentadas, caso haja necessidade.

Assembleia na madrugada definirá futuro da greve

O Sindmotoristas convocou assembleias para a madrugada desta quarta-feira (10), nas quais os trabalhadores devem decidir se a paralisação se transforma oficialmente em greve.

Com informações da Folha de S.Paulo

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