Nobel de Literatura, nigeriano Wole Soyinka, visita Museu Afro

Visita do escritor nigeriano de origem iorubá marca os laços de ancestralidade do Brasil com a África
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Escritor nigeriano, 2o da direita para esquerda, é Nobel de Literatura e defensor dos direitos humanos

O escritor nigeriano e Prêmio Nobel de Literatura, Wole Soyinka, fez visita ao Museu Afro em São Paulo. De origem iorubá, a presença do escritor no museu reforça o compromisso com a ancestralidade tanto do museu, como dos articuladores do evento.

A visita foi organizada e viabilizada pela historiadora Carolina Morais, co-fundadora da empresa African Pride, responsável  por fortalecer os laços culturais e históricos entre Brasil e África. Durante a visita, o escritor comentou que o que mais lhe impressionou foi  a sala do Navio Negreiro, em exibição no Museu Afro.

O evento faz parte do projeto Heritage Voyage of Return  que reúne instituições de arte e cultura do Brasil. A iniciativa, liderada pelo escritor Wole Soyinka, pretende organizar viagens de turismo e negócios culminando com um cruzeiro que sairá do Cais do Valongo em direção à costa odental da África. O objetivo é fazer o caminho inverso da rota da escravidão, recuperando memória e história mas principalmente 

Não foi a primeira vez que o Museu  e a The African Pride fizeram conexões. Em 2021, o então diretor Emanuel Araújo recebeu a comitiva iorubá enviada pelo rei Ooni de Ife, com o propósito de conhecer o acervo. Visitas como estas não apenas fortalecem os laços entre as comunidades, mas também reafirmam o papel do Museu como espaço vital para a educação e a conscientização sobre as contribuições afrodescendentes para a humanidade.

Sobre Wole Soyinka

Wole Soyinka é um dramaturgo, romancista, poeta e ensaísta nigeriano. Recebeu o Prêmio Nobel da Literatura de 1986. Soyinka nasceu numa família iorubá na cidade nigeriana de Abeokuta. Além de ser figura reconhecida da literatura mundial, o escritor também é defensor dos direitos humanos e da justiça social. A presença dele no Museu Afro destacou a importância da arte e da cultura afrodescendente na construção de identidades.

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