A porta da Ocupação Palavra Cantada abre para o público neste sábado, 3 de maio, a partir das 11h, e permanece assim até 3 de agosto, no Itaú Cultural (IC). Veja mais em TVT News
A porta, nesse caso, não é no sentido figurado, já que o espaço expositivo estiliza uma casa daquelas típicas de bairro de São Paulo que ainda resistem, com quintal, sala, cozinha, garagem e demais cômodos. Na fachada tem espaço até para a toca do Rato que dá nome à música lançada pela dupla em 1998, para contar a história do animal que se apaixona pela lua, a brisa, a nuvem e uma parede até encontrar a Rata, com quem casa.
Sandra Peres e Paulo Tatit assinam a curadoria da exposição, junto da equipe Itaú Cultural. Inspirado na casa que Palavra Cantada mantém em São Paulo como estúdio, arquivo de acervo e local de trabalho, o projeto expográfico é de Renato Bolelli Rebouças. A realização da mostra e o plano de acessibilidade também são do IC.
O percurso pelo espaço expositivo é realizado em blocos de 50 minutos, em grupos de 40 pessoas por vez – 15 delas, com reserva prévia de ingresso no site da instituição, e 25 para o público espontâneo.
Para quem quiser saber mais sobre Palavra Cantada, ou não viva em São Paulo, é possível conhecer conteúdo inédito produzido pela equipe do IC no site da Ocupação.

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A casa da Ocupação Palavra Cantada
Do quintal para a sala, da varanda para a cozinha, do quarto para o banheiro até a garagem as crianças e os adultos vão encontrando – ou conhecendo – as músicas da Palavra Cantada. O percurso vai desde seu álbum de estreia Canções de ninar, de 1994 e vencedor do Prêmio Sharp (hoje Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira) até Cenas infantis, lançado no ano passado em comemoração aos 30 anos da dupla. De lá para cá, são mais de 20 álbuns, 11 DVDs e nove livros lançados, com novos repertórios seguindo em construção.
Cada cômodo da casa é colorido, com tons fortes de azul e vermelho, mescla móveis de verdade com outros plotados, estantes contendo surpresas, portinholas para serem abertas trazendo mais descobertas. Tudo está ao alcance dos olhos das crianças – os objetos expostos, assim como os textos de parede, foram colocados em uma altura mais baixa especialmente para que elas possam usufruir do conteúdo. Assim, a mostra apresenta, em seus vários espaços, fotografias, vídeos, instrumentos, croquis, capas e textos guardados no acervo pessoal de Sandra e Paulo.
No conjunto, além de rever a coletânea musical que permeia todo o percurso da Palavra Cantada, o público acompanha os passos dos homenageados e da rede de parceiros que trabalham na construção desse universo, que, já se pode dizer, perpassa gerações.
Ao entrar na sala, o espaço é naturalmente tomado pelo disco Canções de ninar de modo a demonstrar o propósito e como surgiu Palavra Cantada. Naquele momento, em 1993, Sandra voltava de uma viagem de férias com um CD de muita qualidade, composto de músicas para crianças. Paulo, por sua vez, pensava que as músicas para crianças poderiam ter mais qualidade musical e diversidade temática. Daí surgiu a ideia de compor músicas que falassem sobre o cotidiano vivido e sentido por elas, sempre com criatividade, alegria e incorporando novos ritmos brasileiros. Nasceu assim o clássico Canções de ninar, que adormece crianças até hoje.
Na varanda da casa da Ocupação, imperam os figurinos usados em shows, como 10 anos de Palavra Cantada, apresentado em 2004, e o Brincadeiras musicais, de 2011. Por sua vez, a garagem apresenta manifestações culturais brasileiras como o boi, o maracatu e o congo mineiro, com danças, figurinos e instrumentos, que dão vida a tantas das músicas da dupla. Um dos destaques é o álbum Canções do Brasil, lançado em 2001, depois de eles viajarem por todos os estados do país, em busca do que cantavam as crianças e contando com a sua participação.
As estantes, panelas, fogão e geladeira da cozinha dessa casa são abastecidas pelos ingredientes usados para a construção das canções, como se fossem receitas de comida. Deste cômodo para o quarto tem uma continuidade para compreender como Sandra e Paulo criam essas músicas, com o apoio de letristas que colocam palavras nas ideias e na melodia da dupla. As canções que se ouvem neste cômodo são Vagarinho, Pomar, Meu anjo sim, do álbum Canções de ninar, além de Ciranda, do Canções de brincar, e, ainda, Pindorama, do Canções curiosas.
No banheiro, é hora de juntar tudo isso e cantar músicas da Palavra Cantada em um karaokê na banheira, debaixo do chuveiro. São elas: Fome come, Coloridos, Tartaruga e o lobo e, ainda, Criança não trabalha. Por fim, no sótão é hora de descobrir de onde saiu o nome da dupla. Um leve spoiler: surgiu da leitura de Paulo Tatit de um livro de poemas de Augusto de Campos.
Serviço
Ocupação Palavra Cantada
Data: 3 de maio, às 11h, até 3 de agosto de 2025
Onde: Itaú Cultural (Piso térreo)
Curadoria: Itaú Cultural, Paulo Tatit e Sandra Peres
Projeto expográfico: Renato Bolelli Rebouças
Assistente de expografia: Anísio Serafim
Com Assessoria de Imprensa
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