Durante o “Bom Dia, Ministro” desta segunda-feira (15), o ministro Alexandre Padilha (Saúde) destacou o impacto do Agora Tem Especialistas, iniciativa do Governo do Brasil para agilizar os atendimentos na rede pública de saúde e reduzir o tempo de espera nas filas por atenção especializada. O programa prevê o uso de toda a estrutura de saúde do país, pública e privada, para aumentar a capacidade de atendimento. Leia em TVT News.
O ministro comentou o maior mutirão de cirurgias da história do SUS, realizado neste fim de semana, que teve como objetivo desafogar a demanda, reduzir o tempo de espera nas áreas de gastroenterologia, urologia, ortopedia, cardiologia e plásticas reparadoras. Outros procedimentos foram oferecidos, como consultas e exames, a exemplo de ultrassonografias, tomografias, endoscopias, ressonâncias magnéticas e consultas especializadas.
“Quando a gente pega tudo que teve de tipo de atendimento, foram mais de 100 mil atendimentos. Cerca de 60 mil entre cirurgias e exames complexos que têm de ser feitos dentro do espaço hospitalar”, relatou Padilha. A ação envolveu profissionais de saúde, santas casas, gestores estaduais, municipais, hospitais universitários federais, da rede Ebserh, institutos federais.
“Este fim de semana foi histórico. A gente, de fato, realizou o maior mutirão da história do SUS. Nunca foram feitas tantas cirurgias eletivas. São aquelas que não são de urgência. Sábado e domingo, normalmente, o hospital só funciona na parte de urgência. Para o mutirão, mobilizaram todos os profissionais para que a gente pudesse operar pessoas que estavam há meses, algumas até anos esperando”, afirmou.
Como conceito, o Agora Tem Especialistas vai expandir o atendimento em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. A expectativa é aumentar em até 30% a oferta de atendimentos e reduzir a espera em policlínicas, UPAS, ambulatórios e salas de cirurgias.
“Uma novidade são hospitais privados, de plano de saúde, que não atendiam pelo SUS. Eles podem trocar dívidas ou reduzir pagamento de impostos se fizerem mais cirurgias, mais exames, se abrirem as portas para o SUS. Assim, se a secretaria estadual, a secretaria municipal ligar para te chamar para fazer uma cirurgia no hospital privado, que não atendia para o SUS, não se assuste. Isso é o Agora Tem Especialistas”, afirmou o ministro da Saúde.
EM TODO O BRASIL — Padilha lembrou que os mutirões seguirão ocorrendo. Em 2025, foram três vezes. “Todos os estados tiveram, pelo menos, algum hospital universitário federal, algum hospital filantrópico da Santa Casa participando ativamente. Foram vários tipos de cirurgia. A gente tinha feito dois mutirões com hospitais universitários federais. São ligados ao Ministério da Educação, em parceria com o Ebserh. E agora, neste terceiro, as Santas Casas entraram. Teve um volume muito maior”, destacou Padilha.
QUEM PARTICIPOU — Participaram do programa desta segunda-feira a Rádio Nacional Brasília, Amazônia e Alto Solimões/EBC; Rádio Bandeirantes (São Paulo/SP); Rádio Verdinha (Fortaleza/CE); Rádio Bandeirantes (Goiânia/GO); Rádio Nova Brasil FM (Brasília/DF); Rádio Itatiaia (Belo Horizonte/MG) e Portal O Dia (Rio de Janeiro).
Padilha celebra melhora em indicadores vacinais: vencendo a batalha contra fake news
O Brasil está conseguindo reverter o cenário de influência de fake news e desinformação sobre vacinas e imunizantes. Em entrevista ao Bom Dia, Ministro desta segunda-feira, 15 de dezembro, o titular da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a retomada da ênfase em campanhas nacionais, parcerias com escolas, a exigência de cadernetas em dia nos programas sociais, a aposta na ciência e a ação com governos estaduais e municipais têm ajudado a mudar o cenário de negacionismo.
“Muita gente acaba acreditando nessas mentiras, mas estamos vencendo essa batalha. Desde 2023, todo ano tem subido a cobertura vacinal. Em todas as 16 vacinas do calendário obrigatório estamos tendo cobertura maior em 2025 do que em 2024”, disse o ministro. Ele explicou que o governo tem atuado inclusive no âmbito da judicialização de algumas situações para evitar a proliferação de desinformações que prejudicam a saúde pública.
“São pessoas espalhando mentiras e, infelizmente, até ganhando dinheiro com isso. O Ministério da Saúde, inclusive com a Advocacia Geral da União, entrou com ação judicial, inclusive do ponto de vista de questionamento de médicos que saíram vendendo cursos, vendendo detox de vacina, espalhando mentiras”, alertou Padilha.
Muita gente acaba acreditando nessas mentiras, mas estamos vencendo essa batalha. Desde 2023, todo ano tem subido a cobertura vacinal. Em todas as 16 vacinas do calendário obrigatório estamos tendo cobertura maior em 2025 do que em 2024”
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
DENGUE — Padilha celebrou a aprovação pela Anvisa da nova vacina contra a dengue, totalmente nacional. “Ganhamos uma segunda arma importante, que é essa nova vacina desenvolvida aqui no Brasil pelo Instituto Butantan, com apoio e financiamento do Ministério da Saúde e financiamento do BNDES. A Anvisa avaliou a vacina e quem tomou, mais de 70% não tiveram sintoma de dengue, mais de 90% não tiveram sinal grave, então é uma grande arma”, celebrou o titular da Saúde.
Ele enfatizou, contudo, que a vacina não exime os governos e a população de tomarem todos os cuidados preventivos para evitar a proliferação do mosquito que causa a doença. “A gente não pode esquecer que mais de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro da casa das pessoas. Se a gente fizer aquele trabalho de prevenção todo dia, a gente consegue reduzir os casos como conseguimos este ano, que tivemos 75% de redução em relação a 2024. A nova vacina vai aumentar a capacidade de controle, mas não vamos deixar de fazer as ações que podemos no dia a dia”.
VACINAÇÃO INFANTIL — Padilha destacou, ainda, outro foco das campanhas: as crianças e adolescentes, e fez um apelo aos pais e responsáveis. “Não neguem aos filhos esse direito. Hoje você tem a caderneta de vacinação no celular, no SUS digital, pega a caderneta da criança, porque tem muito mais vacinas hoje.
Padilha frisou as facilidades proporcionadas pelos recursos do SUS Digital. “O celular manda mensagem para o pai, para a mãe, indica se está faltando vacina, se está na hora de tomar. Se a pessoa tem dificuldade na unidade básica de saúde, assina um termo de autorização e a criança pode ser vacinada na escola. Só na escola, mais de 1,2 milhão se vacinaram este ano, porque a gente precisa consolidar e fazer essa grande rede de proteção à vida”, assinalou Padilha.
BRONQUIOLITE – Outro assunto abordado pelo ministro foi o início da campanha nacional contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A imunização passou a ser ofertada pelo SUS e é destinada a gestantes a partir da 28ª semana, com foco em prevenir a bronquiolite em recém-nascidos, uma das maiores causas de internação e mortes nessa faixa etária. “A vacina da bronquiolite é muito importante para gestantes no nosso inverno. Estamos vacinando agora, porque é a principal causa de internação de crianças até um ano de idade e a principal causa de óbitos por doenças respiratórias. A vacina está no SUS agora, a partir de dezembro. Se a gestante for na clínica privada, vai pagar R$ 1.500, eu já vi cobrarem R$ 4 mil, e agora está de graça no SUS”, destacou.
Padilha convocou as mulheres que se encaixam no público-alvo a procurar a imunização. “Toda gestante que estiver na 28ª semana de gestação, procure a unidade de saúde para se vacinar agora, para quando chegar o inverno, o bebê nascer protegido. A partir da 28ª. Então, se estiver até no último dia de gravidez, tome a vacina que vai proteger não só o bebê quando passa pela placenta, mas no aleitamento materno, já passando anticorpos para o bebê”.
Via Secom
