Nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal (PF) deflagrou a sétima fase da Operação Sisamnes, que encontrou indícios de que militares abriram uma empresa para realizar ações de espionagem e homicídios por encomenda. A PF investiga os possíveis mandantes e coautores do homicídio do advogado Roberto Zampieri, em 2023, em Cuiabá (MT). Entenda em TVT News.
Conforme apurado pelo UOL, a PF encontrou uma tabela manuscrita com preços para matar autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares do Congresso Nacional, incluindo o senador Rodrigo Pacheco. A suposta organização formada por civis e militares (ativos e da reserva) era chamada de “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”. De acordo com a PF, a empresa seria responsável pela morte de Roberto Zampieri.
Os preços encontrados para a execução dos homicídios variavam conforme a função exercida pela vítima, diz a PF. O esquema de venda de sentenças investigado pela Operação Sisamnes ocorria no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Operação Sisamnes da PF
A operação investiga a suposta venda de sentenças e decisões no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na sétima fase, deflagrada nesta quarta-feira, a PF investiga os envolvidos no assassinato do advogado Roberto Zampieri, que foi executado com 10 tiros dentro do próprio carro, em dezembro de 2023.
Advogados, assessores, lobistas, empresários, magistrados e chefes de gabinete são alvos. Durante as operações, a PF descobriu a existência da suposta organização criminosa “Comando C4”. Por determinação de Cristiano Zanin, ministro do STF, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Também foram impostas medidas cautelares de recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato e saída do país, incluindo o recolhimento dos passaportes.
Senador Rodrigo Pacheco estava na mira do grupo de espionagem
De acordo com o blog da jornalista Daniela Lima, da Globonews, o grupo de espionagem tinha Rodrigo Pacheco como alvo.
O nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) aparece nas anotações do grupo que se intitulava “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos” como um dos alvos de interesse.
Segundo a investigação da PF, Pacheco estava “na mira”, mas, de acordo com a jornalista “só a análise completa do material vai esclarecer, se houve monitoramento e o motivo”.
Por que o grupo de espionagem se chamada C4?
O jornalista Luiz Carlos Azenha explica, no Jornal TVT News Primeira Edição, como funcionava o “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”, organização descoberta pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira. O grupo está sendo investigado pela realização de ações de espionagem e homicídios.
Para a comentarista do jornal TVT News Primeira Edição, Laura Capriglione, a escolha do nome é uma referência a ditadura militar. “Período que o Bolsonaro ama”, lembra ela.
Com informações de gov.br e portal G1
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