A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na tarde desta terça-feira (3). Saiba mais na TVT News.
Após fuga, PGR pede prisão de Zambelli
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar deixou o Brasil e anunciou que está nos Estados Unidos, mas deve se deslocar para a Europa, especificamente na Itália, como revelou a própria parlamentar em entrevistas a veículos de imprensa brasileiros.
Líder do PT pede que Carla Zambelli seja procurada pela Interpol
O petista Lindbergh Farias protocolou representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) com pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli.
No pedido de Farias é solicitado que o nome da deputada Zambelli seja incluído na Difusão Vermelha da Interpol. “A conduta de Zambelli configura ameaça grave e reiterada à soberania nacional e à ordem constitucional”, escreve o líder do PT.
Segundo o Globo, antes da viagem ser anunciada, Carla Zambelli arrecadou R$ 285 mil por meio de doações via Pix. A “vakinha” foi anunciada para que ela conseguisse pagar a dívida com o STF.
O valor ultrapassa os R$ 2 milhões pela condenação em caso de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também é preciso pagar a multa no caso de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal por apontar a arma para um homem que a abordou na rua.
Fuga de Zambelli
A deputada Carla Zambelli anunciou fuga do Brasil para a Europa nesta terça-feira (3). O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias, protocolou um pedido de prisão preventiva por “representar risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas brasileiras”.
Em entrevista a CNN nesta tarde de terça-feira (3), a deputada Carla Zambelli mudou parte das afirmações feitas na parte de manhã para AuriVerde Brasil, quando falou pela primeira vez que estava fora do país.
Para a CNN, ela reformulou dizendo que não está na Europa. Ela diz agora que está nos Estados Unidos fazendo tratamento para síndrome de ehlers-danlos, e pretende ir para a Itália por ser “intocável” no país europeu — nas palavras dela.
Quais riscos Zambelli apresenta para o Brasil fora do país?
Na entrevista na parte da manhã, Zambelli afirmou que quer atuar na Europa da mesma forma que Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, fazendo reuniões com políticos e outros líderes para denunciar “a ditadura” que o Brasil vive.
O que Eduardo faz é considerado conspirar contra a soberania nacional e o judiciário brasileiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) já está investigando o caso em um inquérito aberto no dia 26 de maio.
A decisão foi a pedido da Procuradoria-Geral da República que afirma que o filho de Bolsonaro está articulando sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes para “coagir” o STF.

Entenda a condenação de Carla Zambelli
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023. A decisão, que ainda cabe recurso, aconteceu em unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (14). Entenda na TVT News.
A condenação pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica foi obtida com os votos do relator do caso, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O julgamento virtual começou na sexta-feira (9) e foi finalizado hoje.
Com a decisão, Zambelli também foi condenada à perda do mandato após o fim de todos os recursos possíveis e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido com hacker Walter Delgatti, que é réu confesso e que foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão neste mesmo processo.
Conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.
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