Polícia faz ação contra influenciadores que divulgam Jogo do Tigrinho

Movimentações suspeitas chegam a R$ 4 bilhões
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Polícia Civil identificou ostentação de luxo e renda incompatível entre influenciadores que divulgam "jogo do tigrinho'. Foto: ASCOM/PCRJ

Uma Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeada nesta quinta-feira (7) mira 15 influenciadores digitais que promovem plataformas ilegais na internet, como o Jogo do Tigrinho. As investigações apontam que os envolvidos somam movimentações bancárias suspeitas no valor de até R$ 4 bilhões.

A operação foi batizada de Desfortuna e, além do Rio de Janeiro, cumpre mandados em São Paulo e Minas Gerais. Os alvos são suspeitos de participar de uma organização criminosa que promove jogos de azar não legalizados e faz também lavagem de dinheiro.

Os investigadores da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) identificaram que os 15 influenciadores fazem publicações nas redes sociais em que incentivam os jogos ilegais, fazem promessas enganosas de lucro fácil e ostentam vida de luxo, com carros de alto padrão, viagens internacionais e imóveis caros. Para a polícia, são “sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores”.

Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. A estrutura seria usada para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também identificou conexões entre alguns envolvidos e indivíduos com antecedentes ligados ao crime organizado, o que elevou o grau de complexidade da investigação.

quadrilha tem ramificações como operadores financeiros e empresas de fachadas, utilizadas para ocultar a origem ilícita de dinheiro.

Os dados de movimentação bancárias suspeitas foram obtidos por meio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado ao Banco Central e que produz informações que permitem identificar crimes como lavagem de dinheiro.

Influenciadores investigados

Segundo informações da CNN Brasil, entre os alvos estão nomes conhecidos como Bia Miranda (nome artístico de Anna Beatryz Ferracini Ribeiro), com mais de 9 milhões de seguidores nas redes, e Buarque (nome usado por Rafael da Rocha Buarque), que tem mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais.

Outros seguintes influenciadores investigados são:

  • Paola de Ataíde Rodrigues, a Paola Ataíde;
  • Tailane Garcia dos Santos Laurindo, a Tailane Garcia;
  • Paulina de Ataíde Rodrigues, a Paulina Ataíde;
  • Nayara Silva Mendes, a Nayala Duarte;
  • Lorrany Rafael Dias, a Lorrany Rafael;
  • Vanessa Vatusa Ferreira da Silva, a Vanessinha Freires;
  • Tailon Artiaga Ferreira Silva, o Mohammed MDM;
  • Ana Luiza Ferreira do Desterro Guerreiro, a Luiza Ferreira;
  • e Micael dos Santos de Morais, da Agência MS.

Com informações da Agência Brasil e CNN Brasil*

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