Novo levantamento do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep) informa que, em novembro, os preços praticados pela Petrobras em suas refinarias para a gasolina e o GLP, conhecido como o gás de cozinha, se mantiveram acima do Preço de Paridade Internacional (PPI), que está em queda acompanhando o recuo do preço do petróleo no mercado externo. Já o preço do diesel nas refinarias da estatal é inferior à referência internacional. Em novembro, o petróleo tipo “brent” fechou na média de US$ 68,3 por barril, o menor valor do ano. Leia em TVT News.
O Preço de Paridade de Importação (PPI) da gasolina, calculado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), encerrou o mês de novembro a R$ 2,45 por litro, uma redução de 4,8% em relação ao mês anterior. A Petrobras manteve seu preço em R$ 2,73, mas superior em 11,8% ao PPI, apesar de já ter reduzido o preços do combustível em junho e em outubro. Já o valor médio nacional de revenda apresentou pouca variação nos últimos meses: R$ 6,19 em setembro, R$ 6,20 em outubro e R$ 6,17 em novembro. Diferentemente de outros períodos, nesse intervalo houve redução na margem de distribuição e revenda da gasolina.
O PPI calculado pela ANP para o GLP registrou estabilidade em novembro, com uma redução pouco significativa de 0,6%, passando de R$ 31,56 para R$ 31,37. O preço da Petrobras também seguiu sem alteração (R$ 34,68), porém acima do PPI pelo terceiro mês consecutivo, correspondendo a uma diferença de 10,54%. Em novembro, o preço médio nacional do GLP ficou praticamente estável, com uma variação positiva pouco significativa de apenas R$ 0,04 em relação a outubro, fechando o mês no valor de R$ 110,34. Esse preço, no entanto, segue acima da média máxima registrada nos últimos cinco anos para o mesmo período.
Já o PPI do diesel encerrou novembro a R$ 3,50 por litro, com uma redução de 1,2% em relação a outubro. A Petrobras manteve o preço praticado por suas refinarias em R$ 3,30, valor 5,66% abaixo da referência internacional. Na média nacional, o preço de revenda ficou estável, marcando R$ 6,06 em setembro, R$ 6,05 em outubro e R$ 6,07 em novembro. Também para esse combustível, a margem de distribuição e revenda apresentou queda nos últimos meses.
“É evidente que a política de preços da Petrobras, embora disponha de autonomia para ajustar seus valores, permanece condicionada às referências do mercado internacional. No entanto, para ampliar a capacidade de coordenação sobre o preço final dos combustíveis, especialmente na etapa de revenda ao consumidor, é fundamental reduzir a dependência externa nesses produtos mediante a expansão da capacidade de refino e retomar as operações no setor de distribuição”, comenta o Boletim do Ineep.
Via Ineep
