Prefeitos e autoridades brasileiras, maioria ligadas à direita e ao bolsonarismo, foram para Israel para uma feira de gestão pública ligada ao lobby da indústria de armas. Israel, sob controle sionista, é hoje um grande showroom, uma exposição a céu aberto de armas de controle e aniquilação de povos vulneráveis. Eles usam diariamente contra o povo palestino: controle e intimidação no West Bank (Cisjordânia); genocídio sistemático na Faixa de Gaza. Entenda na TVT News.
O que aconteceu?
Com a escalada da guerra e a reação do Irã contra a violência de Israel na região (que atacou o Irã sem qualquer motivo racional na última sexta-feira), os prefeitos chamaram o governo Lula para ajudar. Então, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, articulou junto a autoridades locais e o Itamaraty a retirada segura destes prefeitos. Hoje (16), segunda-feira, a operação do governo Lula para ajudar os bolsonaristas foi bem sucedida. Os prefeitos atravessaram a fronteira para a Jordânia e finalmente embarcaram de volta ao Brasil.
Mais detalhes dos prefeitos
Na última sexta-feira (13), Israel lançou ataques contra o território do Irã, uma ofensiva sem provocação direta, escalando os conflitos no Oriente Médio. A resposta iraniana veio rapidamente, com ameaças, ataques e movimentações que aumentaram os risco sobre território israelense.
Massacre em Gaza, controle na Cisjordânia
Os sistemas de defesa sionistas têm falhlado frequentemente. Mais de 20 pessoas já morreram em cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Do lado iraniano, mais de 200 mortes. Do lado palestino, mais de 55 mil mortes, maioria mulheres e crianças em ações sem resistência local.
Além disso, o governo sionista de Benjamin Netanyahu controla a entrada e saída de alimentos, energia e até mesmo água, deixando territórios palestinos reféns da fome e da falta completa de estruturas. Também vale pontuar que o governo sionista bem bombardeando todos hospitais e escolas de Gaza.
Diante da iminência de um agravamento do conflito, os prefeitos brasileiros recorreram ao governo federal. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, entrou em contato direto com o grupo no sábado (14) e articulou, junto ao Itamaraty e autoridades locais, uma operação de evacuação emergencial.
Prefeitos em fuga
Na manhã desta segunda-feira (16), a operação de resgate dos prefeitos de direita foi concluída com sucesso. A comitiva cruzou a fronteira terrestre de Israel rumo à Jordânia, onde embarcou em um voo de retorno ao Brasil.
Quem estava no grupo
Faziam parte da missão:
- Francisco Nélio Aguiar (DEM) — tesoureiro da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
- Álvaro Damião (União_ — prefeito de Belo Horizonte (MG)
- Márcio Lobato — secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
- Davi de Matos — chefe do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)
- Welberth Porto (Cidadania) — prefeito de Macaé (RJ)
- Coronel Claudia da Silva — vice-prefeita de Goiânia (GO)
- Cícero de Lucena (PP) — prefeito de João Pessoa (PB)
- Janete Aparecida (Avante) — vice-prefeita de Divinópolis (MG)
- Gilson Chagas (Republicanos) — secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
- Johnny Maycon (PL) — prefeito de Nova Friburgo (RJ)
- Francisco Vagner — secretário de Planejamento de Natal (RN)
- Flávio Guimarães — vereador do Rio de Janeiro (RJ)
- Vanderley Pelizer (PL) – vice-prefeito Uberlândia (MG)
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, confirmou a retirada bem-sucedida. “Por questões de segurança, detalhes sobre o horário e o trajeto da comitiva não haviam sido divulgados previamente”, afirmou em nota.
Alguns preferiram ficar
Nem todos optaram por deixar Israel. Segundo o deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB), que foi à Arábia Saudita acompanhar os trâmites para retirar seu pai, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, parte do grupo decidiu permanecer no país mesmo diante do agravamento da crise.
“Vieram 12 nesse comboio. Havia 18 no alojamento. Os outros seis optaram por ficar”, disse Mersinho.
Cícero Lucena, que chegou a se abrigar em um bunker na capital Tel-Aviv, participava de um evento voltado a autoridades de países lusófonos, realizado em meio ao que hoje se configura como uma região de guerra aberta.
Governo brasileiro atuou, apesar das críticas constantes
Apesar de o grupo ser composto majoritariamente por figuras políticas alinhadas ao bolsonarismo, que mantém uma postura sistematicamente hostil ao governo Lula, o Palácio do Planalto, por meio do Itamaraty e das Relações Institucionais, atuou rapidamente para garantir a segurança dos prefeitos brasileiros.
A operação reforça a tradição diplomática brasileira de proteger seus cidadãos no exterior, independentemente de posicionamento político.
O contraste, no entanto, é inevitável: enquanto figuras da direita buscaram, nos últimos anos, enfraquecer a diplomacia brasileira e atacar o governo Lula, foi justamente essa estrutura que precisaram acionar para garantir seu retorno seguro ao país.