STF julga denúncia contra núcleo 3 da tentativa de golpe

Até o momento, as denúncias contra os núcleos 1, 2 e 4 foram aceitas pelo STF, o que soma 21 réus
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A denúncia da PGR tem 34 acusados no total. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta terça-feira (20), às 9h30, o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 12 investigados por envolvimento na tentativa de golpe durante o governo de Jair Bolsonaro, em 2022. Os denunciados fazem parte do núcleo 3 da trama, que era responsável pelas ações táticas. Saiba mais em TVT News.

A Primeira Turma do STF julga o grupo composto por 11 militares de alta patente — sendo três integrantes do grupo de elite, kids pretos — e um policial federal. O julgamento pode se estender por três sessões: hoje, às 9h30 e às 14h, e no dia 21, às 9h30.

Alexandre de Moraes, relator da denúncia, Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, Carmen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux decidem se os investigados se tornam réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, as denúncias contra os núcleos 1, 2 e 4 foram aceitas pelo STF, o que soma 21 réus por envolvimento na trama golpista. Dentre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto.

Quem são os denunciados do núcleo 3 pela tentativa de golpe

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel; “homem de confiança” de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel; ex-oficial do Comando de Operações Terrestres);
  • Estevam Theophilo (general; ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel; integrante do “kids pretos”);
  • Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel; integrante do “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel; integrante do “kids pretos”);
  • Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Por quais crimes o núcleo 3 é denunciado

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • envolvimento em organização criminosa armada;
  • dano qualificado;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Quem já se tornou réu pela tentativa de golpe

Núcleo 1

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente);
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor geral da Abin);
  • Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucinal da Presidência);
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
  • Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Núcleo 2

  • Silvinei Vasques (ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal);
  • Marília Ferreira de Alencar (ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça);
  • Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF);
  • Filipe Martins (ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro);
  • Mário Fernandes (ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência).

Núcleo 3

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal e ex-integrante da Abin);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel).

Ainda não há data para o julgamento do núcleo 5, composto unicamente por Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-ditador João Figueiredo. O denunciado mora nos Estados Unidos e ainda não apresentou defesa. Sua relação com a trama golpista é um desdobramento da desinformação promovida pelo núcleo 4, segundo a PGR.

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